Dia Mundial do Rim 2023 alerta para a necessidade de cuidados com a saúde renal de pessoas em situação de vulnerabilidade

Dia Mundial do Rim 2023 alerta para a necessidade de cuidados com a saúde renal de pessoas em situação de vulnerabilidade

Dia Mundial do Rim 2023 alerta para a necessidade de cuidados com a saúde renal de pessoas em situação de vulnerabilidade

Recife, 9 de março de 2023

O Dia Mundial do Rim é celebrado anualmente na segunda quinta-feira do mês de março. Em 2023, a data será registrada nesta quinta-feira, 09, e tem como tema principal “Saúde dos rins e exames de creatinina para todos”. “Esse exame é fundamental para a avaliação da saúde renal e para o diagnóstico de possíveis doenças nesses órgãos”, explica nefrologista Mário Henriques, da Uninefron.

Coordenado no país pela Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), o Dia Mundial do Rim 2023 ainda tem o subtema “Cuidar dos vulneráveis e estar preparado para os desafios inesperados”. De acordo com Mário Henriques, a ideia é dar atenção aos cuidados renais de parcelas vulneráveis da população, assim  como os egressos da pandemia de Covid-19 e vítimas de catástrofes, como enchentes, desabamentos e desastres ambientais.

“Quando identificamos os vulneráveis sociais, essa parcela da população acaba tendo um diagnóstico de doenças renais em fases mais avançadas, com possibilidade de tratamento mais delicado”, avalia o nefrologista.

“Para esses pacientes e seus familiares, o próprio diagnóstico da doença renal é um desafio inesperado, especialmente se essas pessoas integram os grupos de risco, como hipertensos, diabéticos, obesos e aqueles que possuem histórico de doença renal ou cardiovascular”, aponta Mário Henriques

Outro foco é lembrar que os rins podem ser alvo nas catástrofes epidemiológicas evidenciadas pela covid -19, e nas ambientais como enchentes e terremotos, onde os processos inflamatórios, contato com água contaminada e traumas musculares, levam a lesão renal aguda, e possibilidade de terapia de substituição renal.

No Brasil, segundo dados da SBN, mais de 140 mil pacientes realizam diálise em decorrência da Doença Renal Crônica (DRC) avançada. A mortalidade relacionada à DRC, apesar do avanço nas terapias, continua elevada e deve ser a quinta causa de morte no mundo até 2040, sendo considerada um problema global de saúde pública.

Sobre o exame de creatinina também parte do tema da campanha do Dia Mundial do Rim 2023, Mário Henriques explica que o exame é fundamental para acompanhar a saúde renal e pode ser feito de forma simples, por meio de coleta de sangue ou urina.

“A creatinina, em si, não é causadora da doença renal crônica. Porém, quando os níveis de creatinina estão altos nos exames, significa que os rins não estão conseguindo eliminar a substância — ou seja, os órgãos estão com déficit de funcionamento. Portanto, o exame torna-se uma ferramenta muito eficaz para descobrir graus de insuficiência renal, já que muitas pessoas não apresentam sintomas”, explicou.

O nefrologista lembra que a doença renal crônica pode afetar pessoas de todas as idades, incluindo crianças e idosos. De acordo com a SBN, metade das pessoas com mais de 75 anos possui algum grau da doença. Em pessoas com mais de 65 anos, ela acomete 1 a cada 5 homens e 1 a cada 4 mulheres.

Como forma de prevenção da doença renal, um dos objetivos do Dia Mundial do Rim 2023, Mário Henriques lista algumas recomendações. São elas:

  • Praticar exercícios físicos regularmente;
  • Evitar o excesso de sal;
  • Controlar o peso corporal;
  • Não fumar;
  • Controlar a pressão arterial, o colesterol e a glicose;
  • Não abusar da bebida alcoólica;
  • Manter a hidratação diária em quantidade adequada;
  • Realizar, com certa periodicidade, exames laboratoriais, incluindo o de creatinina;
  • Não fazer uso de medicamentos sem prescrição médica.

Sobre o Dia Mundial do Rim

Completando 17 anos em 2023, o Dia Mundial do Rim mobiliza milhões de pessoas em mais de 150 países. “O projeto busca conscientizar a saúde dos rins, educar e alertar sobre a importância da prevenção de doenças renais, especialmente com o objetivo de reduzir o impacto e os problemas associados à Doença Renal Crônica”, conclui nefrologista Mário Henriques, da Uninefron.

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