Saiba os cuidados e como evitar infecção associada ao cateter venoso central

Saiba os cuidados e como evitar infecção associada ao cateter venoso central

Saiba os cuidados e como evitar infecção associada ao cateter venoso central

Recife, 12 de abril de 2024

Profissionais de saúde que acompanham os portadores de doença renal crônica em clínica de hemodiálise, bem como o próprio paciente e seus familiares, devem redobrar os cuidados quando o assunto é o acesso vascular realizado durante o procedimento de hemodiálise. O alerta é do médico Rafael Pacífico, nefrologista da Uninefron.

De acordo com ele, existem três tipos de acesso vascular que possibilitam a realização do tratamento de hemodiálise, a fístula arteriovenosa, a prótese e o cateter (CVC). Entre os três, o cateter é utilizado apenas quando não há outro acesso funcionando. “É preciso estar atento à ocorrência de infecções comuns nesses casos e que estão associadas a altas taxas de mortalidade e morbidade. Isso ocorre porque os cateteres podem ser uma grande porta de entrada de microrganismos no corpo humano”, alerta Rafael Pacífico.

“A infeção associada a esse tipo de acesso vascular” – continua o médico – “é a segunda causa de morte mais comum entre os pacientes que estão usando o cateter como acesso para tratamento de hemodiálise, sendo responsável por cerca de 14% de mortes. Além disso, ela está relacionada ao aumento do tempo de internação. A infecção é resultado de um processo de imunossupressão e pode se agravar devido à frequência de acesso à corrente sanguínea necessária para a realização do tratamento”, relata.

Os principais sinais de infecção e que devem ser observados são dor, vermelhidão ou calor ao redor do local do cateter central, pus ou mau cheiro ao redor do local, febre de 38°C ou superior e calafrios. O tratamento é feito através de terapia de bloqueio (administração de soluções que combinam antimicrobianos e anticoagulantes), antibiótico e, em último caso, a retirada do cateter. “Para evitar o problema e suas graves consequências, algumas medidas devem ser tomadas já antes da inserção dos dispositivos, durante a colocação e na manutenção. O manuseio correto desses dispositivos é imprescindível para a prevenção”, garante Rafael Pacífico.

Confira as principais recomendações para evitar infecção

 Segundo o médico Rafael Pacífico, os cuidados para evitar infeções devem ser tomados pelos profissionais de saúde, pelo próprio paciente e seus familiares. “Como todos têm um papel importante na prevenção da infecção, paciente e familiares também devem receber todas as orientações sobre as etapas para o cuidado do cateter em casa”, explica ele, pontuando as principais recomendações para evitar infecção. São elas:

1 – Inserir o CVC com técnica asséptica e barreira máxima (campo estéril longo, luva estéril, capote estéril, máscara e gorro);

2 – Proceder à limpeza e à antissepsia do local de inserção do CVC com clorohexidina degermante a 2% (retirar o sabão com gaze estéril umedecida em água destilada ou soro fi­siológico) e aplicar clorohexidina alcoólica 0,5%, aguardando secagem por 30 segundos;

3 – Realizar a higienização das mãos antes e após o manuseio de todo tipo de acesso vascular;

4 – Fazer a antissepsia com álcool 70% de todos os dispositivos de injeções e conexões antes de administrar qualquer medicação endovenosa. Durante o manuseio, segurar as conexões protegidas com gaze embebida em álcool 70%;

5 – Inspecionar diariamente o local de inserção do cateter, visando detectar dor, edema, calor, rubor ou secreção visível;

6 – Proteger o curativo do CVC durante o banho.

A Uninefron, que se dedica ao atendimento nefrológico ambulatorial e hospitalar há quase 30 anos, trabalha para oferecer a melhor assistência possível. “Contamos com uma equipe multiprofissional especializada e empenhada em promover o cuidado completo, prestando todas as orientações para que tanto as infecções como outras intercorrências sejam prevenidas”, finaliza o nefrologista Rafael Pacífico, da Uninefron.

 

 

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