Exame laboratorial de creatinina pode identificar doenças renais
Um exame laboratorial simples, realizado em check-up de rotina, pode identificar precocemente a existência de problemas renais. De acordo com o médico Rafael Pacífico, nefrologista de Uninefron, o nível de creatinina no sangue é um termômetro da saúde renal. “Caso ele esteja alterado, pode indicar a presença de uma alguma doença, bem como identificar os problemas antes de os sintomas aparecerem”, esclarece o médico.
“O exame de creatinina pode indicar a existência da doença renal crônica (DRC), insuficiência renal e outras doenças nesses órgãos, muitas vezes antes do surgimento de qualquer sintoma. Por isso os exames de rotina são tão importantes, mesmo naqueles que apresentam uma aparente boa condição clínica”, avalia Rafael Pacífico.
A creatinina é um resíduo produzido pela quebra de uma proteína chamada creatina fosfato, que atua nos trabalhos musculares. Os rins, por sua vez, eliminam esses resíduos do organismo através do seu trabalho natural de filtração. Em condições normais, os níveis de creatinina permanecem baixos, mas quando a creatinina é identificada em altos níveis no corpo, pode ser um indício de que os rins não estão fazendo seu trabalho corretamente.
“No caso da doença renal, a substância continuará circulando pelo corpo, por isso a dosagem encontrada nos exames é extremamente importante no diagnóstico. Os níveis considerados normais variam de acordo com cada pessoa. Como essas moléculas estão ligadas aos trabalhos musculares, pessoas com mais massa muscular podem apresentar níveis mais altos de creatinina do que pessoas menos musculosas, mas isso não significa que elas possuem problemas renais. É preciso identificar cada caso, de acordo com cada organismo”, explica Pacífico.
Ainda de acordo com o nefrologista, homens e pessoas mais jovens também apresentam creatinina mais elevada do que mulheres e idosos. “O exame de dosagem de creatinina é recomendado em pessoas com maior risco de doenças crônicas, como portadores de diabetes e hipertensão, idosos e pessoas com histórico renal familiar”, aponta Rafael.
O diagnóstico precoce da doença renal pode ser determinante para um tratamento eficaz. Identificar a patologia ainda no começo pode aumentar substancialmente as chances de cura, evitando tratamentos mais invasivos, como a diálise ou o transplante dos rins, por exemplo.