Osteodistrofia – complicação da insuficiência renal crônica prejudica a saúde óssea dos pacientes

Osteodistrofia – complicação da insuficiência renal crônica prejudica a saúde óssea dos pacientes

Osteodistrofia – complicação da insuficiência renal crônica prejudica a saúde óssea dos pacientes

Recife, 26 de janeiro de 2024

Estima-se que 10 milhões de pessoas tenham doença renal crônica (DRC) no Brasil. A doença pode acarretar diversos outros problemas no organismo do paciente, entre eles, alterações no metabolismo ósseo, a chamada osteodistrofia renal (OR). De acordo com o nefrologista da Uninefron, Rafael Pacífico, essa é uma patologia que ocorre devido a distúrbios nos níveis de cálcio, fósforo, vitamina D, hormônio da paratireoide (PTH) e calcitriol, que é resultado do mal funcionamento dos rins.

O médico alerta sobre a importância da identificação precoce da osteodistrofia renal. Isso porque trata-se de uma condição que, com o tempo, pode evoluir para outras complicações. “Quadros e sintomas de fraqueza muscular, rupturas de tendões, calcificações ou dores nos ossos, podem ser indicativos para a realização de uma biopsia e confirmação do diagnóstico”, explica Rafael Pacífico. Alguns doentes podem apresentar deformidades esqueléticas, observadas apenas na DRC avançada. De acordo com estudos, a prevalência das fraturas varia entre 10 a 40% na população geral de doentes que realizam diálise. Outra complicação é o agravamento da anemia.

“No entanto como a maioria dos pacientes são assintomáticos, e as alterações no metabolismo ósseo aparecem no estágio 3 da insuficiência renal, recomenda-se também o acompanhamento constate dos níveis de cálcio, fósforo, PTH e fosfatase alcalina em pacientes com a doença renal nesse estágio”, destaca Rafael Pacífico. O tratamento é baseado na correção das alterações do metabolismo ósseo, como os altos níveis de fósforo e análogos de vitamina D, através da prescrição de medicações e de uma dieta alimentar com baixo teor de fósforo, e até cirurgia para remoção das glândulas paratireoides.

Ainda de acordo com o especialista, algumas orientações se seguidas, podem contribuir para a prevenção de problemas como: seguir sempre as recomendações médicas, adotar a dieta prescrita pelo nutricionista, não faltar as sessões de dialise para controle do fósforo, fazer o uso correto das medicações para controle metabólico ósseo corretamente, praticar atividade física regularmente para fortalecimento e saúde da estrutura óssea. “O acompanhamento e tratamento adequado e precoce do paciente com doença óssea em decorrência da DRC é imprescindível para a manutenção de uma boa qualidade de vida”, finaliza o nefrologista da Uninefron, Rafael Pacífico.

 

 

 

Topo