Síndrome nefrótica pode evoluir para insuficiência renal

Síndrome nefrótica pode evoluir para insuficiência renal

Síndrome nefrótica pode evoluir para insuficiência renal

Recife, 31 de março

A síndrome nefrótica é um conjunto de sintomas que são identificados quando os rins perdem sua capacidade de reter proteínas filtradas na urina, ou seja, a condição faz com que o indivíduo excrete quantidades excessivas da substância ao urinar. Esse processo pode ocasionar o acúmulo de líquido no corpo, causando edemas e inchaços, bem como altos níveis de gordura no sangue. Segundo o médico Flávio Galindo, nefrologista da Uninefron, o problema pode desencadear insuficiência renal.

“Quando os rins passam a eliminar uma grande quantidade de proteínas pela urina, maior do que o habitual ou permitido para o equilíbrio corporal, essa condição pode causar inchaço progressivo”, explica o especialista.

Flávio Galindo explica ainda que as causas da síndrome podem ser congênitas ou adquiridas por um problema de saúde secundário, como doenças infecciosas, hepatite, Aids ou doenças sistêmicas, como o lúpus.  “Também já foram registrados casos de transmissão genética, de forma hereditária; e nas crianças, pode se apresentar sem causa aparente”, garante o médico.

De acordo com ele, os edemas podem ser percebidos nas pernas e nas pálpebras, estender-se por todo o corpo e aparecer em qualquer idade. “Caso a criança apresente inchaços recorrentes ou progressivos, é necessário procurar atendimento médico para se ter um diagnóstico, pois eles podem sinalizar esse problema renal”, recomenda Flávio Galindo.

Exame de sangue ou urina pode identificar a doença

O nefrologista Flávio Galindo esclarece que a identificação da síndrome pode ser feita por meio de exame de sangue ou urina, em que há medição de proteínas, proteinúria ou perfil lipídico. Também podem ser exigidos exames de imagem para identificar se a causa é um câncer; ou ainda uma biópsia dos rins, para determinar a extensão da lesão renal.

Segundo o médico, o tratamento inicial é feito com uso de corticoides, que podem melhorar os sintomas, diminuir a quantidade de proteína na urina e de gordura no sangue. Porém, deve-se analisar a causa do problema para realizar um tratamento adequado.

“Assim como em outras doenças crônicas, a síndrome nefrótica pode evoluir para insuficiência renal. Por isso, é muito importante ter o diagnóstico correto e realizar o tratamento com seriedade, identificando a causa da síndrome e levando em consideração a idade do paciente, o tipo de lesão renal e o grau dos prejuízos. O indivíduo pode ser considerado curado após um período de cinco anos sem apresentar manifestação da doença”, finalizou o nefrologista Flávio Galindo, da Uninefron.

Topo