Paciente renal crônico pode sim ter qualidade de vida
Recife, 06 de abril de 2023
A doença renal crônica (DRC) tornou-se um problema de saúde pública em todo o mundo em virtude da sua crescente incidência, podendo ter um grande impacto na vida dos pacientes, causando prejuízos sociais e econômicos. “Porém, muitas pessoas em tratamento renal podem manter uma rotina saudável e ter uma melhor qualidade de vida”, garante a médica nefrologista da Uninefron Vivianne Pinheiro.
“Diante do diagnóstico da doença renal crônica (DRC), são adotadas várias medidas terapêuticas para retardar a progressão da doença e a necessidade de diálise. Com a evolução da doença, ocorrendo a necessidade do procedimento dialítico, e contando com os atuais avanços tecnológicos e terapêuticos na área da diálise, tornou-se possível manter um dia a dia considerado normal no estudo, no trabalho e na vida social. Isso significa que, mesmo com a rotina de sessões e certas restrições, é possível sim manter uma vida o mais próximo possível da normalidade,” esclarece a especialista.
Segundo Vivianne Pinheiro, a qualidade de vida é um importante critério na avaliação dos protocolos utilizados na área da saúde. “A DRC tem alto impacto na qualidade de vida relacionada à saúde e o paciente, estando Em diálise ou não, sofre de uma carga de sintomas muito semelhante à de outras doenças crônicas, ressalta.
“Deve-se priorizar a qualidade de vida através da prevenção e alívio de sintomas. Se o paciente sente dor, problemas no sono, ansiedade, estresse, desconfortos gastrointestinais ou qualquer outra queixa, é preciso desenvolver estratégias para minimizar ou eliminar os sintomas que causam sofrimento nos pacientes. As intervenções geralmente visam controlar os sintomas e angústia e promover o bem-estar e o relacionamento social. Toda terapêutica para uma melhor eficácia tem que ser decidida em conjunto com o paciente, o que impacta diretamente em conviver melhor com a doença”, analisa Vivianne Pinheiro.
Ainda de acordo com a médica, outros princípios fundamentais, nesse sentido, é manter uma alimentação saudável, indicada por uma nutricionista, de preferência especialista em dietas para pacientes renais. Além disso, é preciso ter a consciência do volume de líquidos e dos alimentos corretos que podem ser ingeridos durante todo o processo. “Essa consciência dos limites proporciona um tratamento tranquilo e eficiente”, garante.
Vivianne Pinheiro afirma ainda que a Uninefron, de forma pioneira em Pernambuco, implantou outra medida que está diretamente ligada à qualidade de vida do paciente renal crônico (DRC): a fisioterapia intradialítica, que utiliza exercícios físicos durante as sessões de diálise. Esse tipo de movimento proporciona o fortalecimento muscular, a melhor capacidade cardiovascular, maior tolerância à glicose, além de aumentar a autonomia e a autoestima do paciente. “Exercícios intradialíticos leves também podem ajudar a controlar alguns sintomas como pernas inquietas e dores no corpo”, afirma
A médica também lembra outras recomendações que se estendem para pessoas sem problemas nos rins, como evitar o abuso de álcool, não fumar e praticar atividades físicas. “Ações como estas podem ajudar a prolongar a vida e o bem-estar”, finalizou a nefrologista da Uninefron Vivianne Pinheiro.