Nefrologista alerta para os riscos de doenças renais na população idosa

Nefrologista alerta para os riscos de doenças renais na população idosa

Nefrologista alerta para os riscos de doenças renais na população idosa

Recife, 1º de dezembro de 2023

Dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia demonstram que, com o aumento da expectativa de vida da população, vem crescendo também o número de idosos que são acometidos por doenças renais. O percentual pode variar de 30% a 50% em pessoas com mais de 65 anos. “As principais doenças renais que atingem os idosos são a infecção urinária, cálculo renal, doença renal policística, insuficiência renal crônica e nefrite”, alerta o médico Rafael Pacífico, nefrologista da Uninefron.

Essas doenças podem ser mais amenas, mas também graves, podendo provocar um maior impacto e afetar o funcionamento renal. Rafael Pacífico alerta que, além do processo natural do envelhecimento, algumas enfermidades favorecem o comprometimento dos rins. “Os principais problemas que atingem a saúde renal nos idosos são o descontrole da diabetes, a obesidade e a hipertensão arterial, que levam à perda progressiva e irreversível das funções renais”, explica o nefrologista.

“Uma informação importante a ser observada” – continua Rafael Pacífico – “é que, após os 40 anos, ocorre perda progressiva da função renal por década, independente dos fatores, que geralmente afetam a saúde dos rins. Esse fato demonstra o quanto a idade interfere para o desenvolvimento de tais enfermidades”, garante ele.

Alguns hábitos ajudam a proteger o funcionamento saudável dos rins

De acordo com o médico Rafael Pacífico, alguns hábitos são fundamentais para manter o funcionamento saudável dos rins, como o controle do consumo de sal e açúcar, não fumar, praticar atividades físicas e realizar periodicamente exames de urina, glicemia e creatinina. “Caso não seja possível evitar a doença, mesmo mantendo uma rotina saudável, o diagnóstico precoce é fundamental para que o tratamento seja iniciado o mais rápido possível para evitar o avanço da doença”, garante.

“Com tratamento adequado, os pacientes com doença renal podem se beneficiar da perda mais lenta da função renal (potencialmente prevenindo a insuficiência renal); ter um melhor controle das consequências metabólicas, tais como acidose, anemia e hiperfosfatemia; menor risco de eventos cardiovasculares; e, para aqueles que precisam realizar substituição renal, uma escolha mais bem informada acerca das modalidades existentes, incluindo a instalação oportuna de acesso vascular”, destacou o médico.

A heterogeneidade clínica desta população indica a necessidade de atenção mais cuidadosa. “A idade cronológica por si só não é suficiente como base para decisões clínicas, e se faz necessária uma abordagem mais detalhada, com base nas comorbidades, estado funcional, qualidade de vida e preferências de cada paciente individualmente.  Além disso, o acompanhamento médico regular é muito importante, principalmente para as pessoas com mais de 60 anos”, concluiu o médico Rafael Pacífico, da Uninefron.

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