Hidronefrose: acúmulo de urina no rim pode levar à insuficiência renal
Os rins são os órgãos do sistema urinário responsáveis pela produção da urina, que, por sua vez, é enviada para a bexiga, onde fica armazenada até que haja sua eliminação. No entanto, de acordo com o médico Rafael Pacífico, nefrologista da Uninefron, complicações causadas por diversos fatores podem fazer com que a urina não seja destinada à bexiga, permanecendo nos rins. “Quando isso acontece, é dado o nome de hidronefrose, condição que pode causar insuficiência renal”, explica.
Segundo Rafael Pacífico, quando a urina permanece acumulada dentro dos rins, eles se dilatam para conseguir armazenar o excesso desse líquido. Essa dilatação pode causar pequenas lesões que fazem os órgãos perderem sua função natural, podendo desencadear infecções graves e elevado risco de insuficiência.
“Geralmente, a hidronefrose surge como complicação de outra doença, como cálculos renais, por exemplo. Na maioria dos casos, afeta apenas um dos rins, mas há casos de hidronefrose bilateral, que, inclusive, apresenta sintomas mais intensos”, explica Rafael Pacífico.
Saiba quais são os principais sintomas
Rafael Pacífico explica que os sintomas da hidronefrose são dores constantes na parte superior do abdômen e nas costas, náuseas e vômitos, dores ou dificuldades ao urinar, sensação de bexiga cheia após urinar, redução no volume da urina e febre. “A hidronefrose também aumenta o risco de desenvolvimento de infecções urinárias, que podem causar queimação ao urinar e urina turva”, aponta o nefrologista.
Ainda de acordo com o especialista, a hidronefrose surge por causa de bloqueio nos ureteres — os canais que levam a urina à bexiga. Esse bloqueio pode ser ocasionado por pedras nos rins ou tumores nas vias urinárias. Em homens, também pode ocorrer pelo aumento na próstata, enquanto nas mulheres também pode surgir devido ao crescimento do feto durante a gravidez.
“Há tratamento eficaz para a hidronefrose, e ele consiste em retirar a urina acumulada dos rins para que o líquido possa fluir até a bexiga, diminuindo o inchaço desses órgãos. Depois disso, é preciso encontrar a causa da doença para tratamento incisivo do problema, evitando o surgimento de uma nova crise”, finaliza Rafael Pacífico, nefrologista da Uninefron.