Biópsia renal ajuda a investigar e diagnosticar possíveis doenças nos rins

Biópsia renal ajuda a investigar e diagnosticar possíveis doenças nos rins

Biópsia renal ajuda a investigar e diagnosticar possíveis doenças nos rins

Recife, 10 de maio de 2024

Existem diversos exames, como o de sangue, urina ou imagem, que auxiliam a detecção de doenças renais. No entanto, em alguns casos, essas opções não são suficientes para determinar um diagnóstico completo e é preciso recorrer a uma biópsia renal. De acordo com o médico Mário Henriques, nefrologista da Uninefron, esse é um procedimento que possibilita a identificação da causa de doenças que afetam a estrutura renal, através da análise patológica com microscopia óptica, imunofluorescência e microscopia eletrônica.

“Esse exame consiste na retirada de uma amostra do tecido renal, um fragmento de aproximadamente 1 a 2cm de comprimento. A partir desse fragmento, é feita uma avaliação microscópica do comprometimento das estruturas do órgão ou da característica. A partir do resultado, determinam-se um diagnóstico, um prognóstico e uma indicação de tratamento”, explica Mário Henriques.

Ainda segundo o nefrologista, a biópsia pode ser solicitada com o intuito de investigar alguns problemas específicos, como injúria renal aguda (IRA) ou doença renal crônica sem uma causa específica; síndrome nefrótica; glomerulonefrite; nefrite lúpica; alguns casos de sangue na urina de origem desconhecida e após transplante renal, quando o enxerto não está funcionando bem. “O procedimento precisa ser feito em um hospital por um nefrologista ou um radiologista intervencionista”, esclarece ele.

Nefrologista explica como são feitas as biópsias renais

De acordo com o médico Mário Henriques, biópsias renais são realizadas, geralmente, por via percutânea, utilizando uma agulha especial. Durante o procedimento, o paciente permanece acordado e deitado de barriga para baixo com uma almofada por baixo da barriga. Ele explicou ainda como funciona o passo a passo do exame. Acompanhe:

1 – Com uma sonda de ecografia, o médico identifica o local onde vai ser realizada a biópsia. Em alguns casos, pode ser utilizada uma tomografia computorizada (TAC) em vez da ecografia;

2 – Em seguida, o anestesista administra apenas uma anestesia local para que o procedimento seja iniciado;

3 –Na sequência, é feita uma pequena incisão na pele, onde uma agulha par biópsia é inserida e guiada até o rim;

4 – Na ocasião do exame, pode ser solicitado ao paciente que ele segure a respiração quando a amostra estiver sendo recolhida. Na hora, ele poderá sentir um “estalo” ou pressão e ouvir o estalido da agulha de biópsia;

5 – Pode ser necessário reintroduzir a agulha (de duas a quatro vezes), frequentemente através da mesma incisão, para obter uma amostra adequada;

6 – Para finalizar, a agulha é retirada e coloca-se um curativo no local da incisão.

Após procedimento, o paciente deve ficar internado por um período de observação

Após a realização da biópsia, o paciente deve ficar internado no hospital em observação por um período de 6 a 12 horas. “Mesmo sendo um procedimento de baixo risco, sem muitas complicações associadas, esse período de monitoramento é fundamental para o acompanhamento da evolução do paciente e a identificação de possíveis complicações, como sangramento e alteração pressão arterial”, destaca Mário Henriques.

Embora seja um exame indispensável em algumas situações, o médico ressalta que existem algumas contraindicações. “Pessoas com coagulopatias incorrigíveis, lesões com diagnóstico definido pelos exames de imagem, hipertensão arterial grave não controlada com medicações e infecção das vias urinárias em atividade não devem ser submetidas ao procedimento”, orienta Mário Henriques, nefrologista da Uninefron.

 

Topo