Pesquisa mostra que iniciar check-up da saúde renal aos 35 anos reduz chance de diálise

Pesquisa mostra que iniciar check-up da  saúde renal aos 35 anos reduz chance de diálise

Pesquisa mostra que iniciar check-up da saúde renal aos 35 anos reduz chance de diálise

Uma recente pesquisa realizada por médicos da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, identificou que iniciar um acompanhamento periódico da saúde renal aos 35 anos pode reduzir as chances de tratamento dialítico no futuro. Segundo a médica Vivianne Pinheiro, nefrologista da Uninefron, geralmente a avaliação da função renal não costuma ter a atenção necessária nos check-ups periódicos. Esta é uma prática que precisa ser alterada na rotina de visitação ao consultório”, afirma.

Ainda de acordo com a nefrologista, a pesquisa reforçou a importância do exame de albuminúria, que é feito para avaliar os níveis da proteína na urina. “A presença da albumina na urina pode ser detectada através do sumário de urina, relação albumina/creatinina na urina e proteinúria de 24 horas. A presença dessa substância na urina pode indicar a presença de problemas renais”, explica Vivianne Pinheiro.

A médica também esclarece que o artigo, publicado em junho no Annals of Internal Medicine, importante revista acadêmica da área da saúde, indicou que a realização periódica desses exames pode ser determinante para diminuir, além das chances de diálise, a necessidade do transplante de rim.

Vivianne Pinheiro explica ainda o porquê de a idade ideal para a realização desses exames periódicos ser a partir dos 35 anos. “De acordo com o estudo, nessa faixa etária, caso o resultado apresente alguma anormalidade, quanto mais cedo o paciente ter o diagnóstico e iniciar um tratamento, mais chances ele terá de evitar o comprometimento do rim”, garante, lembrando que nada impede que as pessoas realizem o exame em idades inferiores.

Teste de creatinina também deveria ser rotina nos exames periódicos

A médica Vivianne Pinheiro orienta que outro exame muito importante na avaliação da função renal é o teste de creatinina, que é feito por meio de coleta de sangue. “Quando os níveis dessa substância estão altos, significa que os rins não estão conseguindo eliminá-la, logo constata-se que existe um déficit de funcionamento renal. Esse exame também deveria ser realizado de rotina, anualmente, através dos exames periódicos”, afirma.

“A doença renal crônica geralmente é uma patologia silenciosa e que geralmente não apresenta sinais e sintomas clínicos, nos estágios iniciais, até que os pacientes atinjam o estágio avançado, quando os órgãos já podem estar comprometidos de forma irreversível, por isso a importância desses exames”, analisou Vivianne Pinheiro. Ela também alerta que, segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia, mais de 140 mil pacientes no país realizam diálise em decorrência da doença renal crônica.

“É preciso ter conhecimento e solicitar ao médico que inclua o exame de sumário de urina, creatinina e pesquisa de albuminúria nas análises de rotina, dando a devida atenção à saúde renal. Quanto mais precocemente identificarmos a doença, menor o risco de progressão do quadro”, finalizou a médica Vivianne Pinheiro, nefrologista da Uninefron.

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