Ectopia renal: o que acontece quando o rim está fora do lugar no organismo? Entenda os riscos

Ectopia renal: o que acontece quando o rim está  fora do lugar no organismo? Entenda os riscos

Ectopia renal: o que acontece quando o rim está fora do lugar no organismo? Entenda os riscos

Recife, 21 de julho de 2022

Naturalmente, os rins são órgãos localizados ao lado da região lombar, abaixo das costelas, na parte alta do abdômen, posicionados lado a lado. No entanto, um defeito congênito pode fazer com que esses órgãos se posicionem de forma diferente, podendo ficar um mais alto que o outro ou em posições diversas: é o chamado rim ectópico. Mas, segundo a médica Ângela Santos, nefrologista da Uninefron, essa condição já está presente no momento do nascimento e requer apenas monitoramento.

Ainda segundo com a nefrologista, rins ectópicos podem ter suas funções perfeitamente normais e não gerar qualquer sintoma no decorrer da vida. “Por outro lado, eles podem sofrer com as mesmas patologias que acometem os rins que estão em posição normal, por isso é preciso monitorar a saúde desses órgãos”, analisa Ângela Santos.

O fato de a condição não apresentar sintomas faz com que muitas pessoas nem saibam que têm essa modificação. A descoberta pode ser feita por meio de exames de imagem, como ultrassom ou ressonância magnética.

A médica Ângela Santos alerta que, apesar de, em geral, não haver problemas sérios decorrentes desse posicionamento diferente, existem casos em que a má formação causa cálculos renais e problemas no fluxo urinário. “A depender do episódio, pode ocorrer o chamado refluxo vesicoureteral, em que a urina flui em sentido contrário ao normal, da bexiga para o ureter, por isso é preciso acompanhamento, caso seja descoberta a condição”, explica.

De acordo com a literatura médica – adianta a especialista -, esse desenvolvimento disforme ocorre durante a formação dos rins. A anomalia pode aparecer durante o desenvolvimento do aparelho urinário ou durante a formação dos vasos sanguíneos que irrigam esses rins. Doenças genéticas ou hereditárias também podem causar a modificação.

Rins ectópicos podem funcionar regularmente

Ângela Santos explica que, caso os rins ectópicos funcionem regularmente, como qualquer rim em posição convencional, não é necessário tratamento algum. “Caso esse posicionamento irregular cause obstruções ou prejudique a função renal, é necessário procedimento cirúrgico. Em casos mais extremos, o indivíduo precisa ter um dos rins removidos” garante.

“Não há como prevenir a ocorrência da ectopia renal, mas é importante que as gestantes façam todos os exames de pré-natal corretamente para identificar qualquer modificação que possa comprometer o desenvolvimento fetal. No mais, pacientes com rins ectópicos funcionais podem ter uma vida normal”, completa a médica Ângela Santos, nefrologista da Uninefron.

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