Doença renal crônica é considerada epidêmica; saiba os perigos e veja como se prevenir

Doença renal crônica é considerada  epidêmica; saiba os perigos e veja como se prevenir

Doença renal crônica é considerada epidêmica; saiba os perigos e veja como se prevenir

Recife, 26 de maio de 2013

Um dado preocupante foi revelado pela Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN): a doença renal crônica (DRC) pode ser considerada epidêmica no Brasil, visto que atinge uma em cada 10 adultos do país. “Em 2023, segundo o relatório mais recente do Ministério da Saúde, a estimativa é que mais de 10 milhões de brasileiros tenham a doença. Esse número chega a 850 milhões no mundo, causando 2,4 milhões de mortes”, alerta o médico Mário Henriques, nefrologista da Uninefron.

Mário Henriques explica que um exame simples pode ser determinante para um diagnóstico precoce e definitivo no tratamento da doença: o de creatinina. “O exame, que foi um dos temas do Dia Mundial do Rim 2023, é considerado fundamental para acompanhar a saúde renal do paciente, garante o médico.

“A creatinina, em si, não é causadora da doença renal crônica. Porém, quando os níveis dessa substância estão altos nos exames, que podem ser feitos por meio de coleta de sangue ou urina, significa que os rins não estão conseguindo eliminar a substância — ou seja, os órgãos estão com déficit de funcionamento”, aponta o especialista.

Por outro lado, o nefrologista esclarece “que o exame se torna uma ferramenta muito eficaz para descobrir graus de insuficiência renal, já que muitas pessoas não apresentam sintomas. Ou seja, ele se torna um elemento fundamental na descoberta precoce da doença, o que pode proporcionar um tratamento mais vitorioso”.

Doença renal crônica atinge mais as pessoas idosas

O médico Mário Henrique revela que, segundo o conceito defendido pela SBN, a doença renal crônica acontece quando a pessoa tem menos de 60% da filtração dos rins. “A entidade alerta que, apesar de a doença atingir pessoas de todas as idades, os idosos são as maiores vítimas. Atualmente, metade dos indivíduos com mais de 75 anos possui algum grau da patologia”, disse.

“Outro fator determinante para o alto índice de doentes renais crônicos no país – cerca de 150 mil pessoas dependem da diálise no Brasil – é a deficiência na rede de atendimento especializada em regiões menos favorecidas. No cenário atual, a demanda de diálise cresceu 100% nos últimos dez anos, mas o número de postos de atendimento não acompanha essa proporção”, garante Mário Henriques.

O nefrologista alerta ainda que os principais fatores de risco da doença renal crônica são hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus, obesidade, histórico familiar e abuso de medicamentos sem prescrição médica. “São questões que envolvem a saúde pública e que merecem atenção de toda a sociedade. Além do tratamento, é preciso educar a população e aumentar o quantitativo de informações para que haja a prevenção da doença”, esclarece Mário Henriques, da Uninefron.

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