Cirurgia bariátrica pode ser alternativa de tratamento para doentes renais com diabetes tipo 2 e obesidade

Cirurgia bariátrica pode ser alternativa de tratamento  para doentes renais com diabetes tipo 2 e obesidade

Cirurgia bariátrica pode ser alternativa de tratamento para doentes renais com diabetes tipo 2 e obesidade

Recife, 9 de junho de 2023

Um estudo realizado no Brasil identificou que a cirurgia bariátrica, também chamada de metabólica, pode ser uma alternativa de tratamento para doentes renais com diabetes tipo 2 e obesidade. Segundo o médico Flávio Galindo, nefrologista da Uninefron, o procedimento é reconhecido pelo Conselho Federal de Medicina, desde 2017, para a redução da pressão na função renal, apresentando resultados consideravelmente positivos.

Segundo ele, a pesquisa identificou que 69,7% dos pacientes apresentaram melhora na condição renal depois de cinco anos da cirurgia. “Em relação a outros tratamentos medicamentosos disponíveis, 59,6% apresentaram o mesmo desempenho positivo. A cirurgia é, sem dúvidas, uma opção eficaz para pacientes renais com diabetes”, garante Flávio Galindo.

O estudo mostrou – continua o nefrologista – que houve redução da doença renal diabética em 63,1% dos pacientes após a cirurgia. “Fica evidente que a cirurgia metabólica pode ser um dos melhores tratamentos para essas condições, proporcionando qualidade de vida ao paciente”, aponta o médico.

“As evidências mostraram que, após um ano, a redução do indicador microalbuminúria (que aponta perda de proteína na urina devido à falência dos rins) nesses pacientes que fizeram a bariátrica foi de mais de 75%, enquanto os pacientes tratados com medicamentos tiveram cerca de 60%. Além disso, há redução significativa na perda de peso, o que melhora a qualidade de vida”, acrescentou Flávio Galindo.

Estudo contou com o apoio de cientistas de vários países

Flávio Galindo lembra que o estudo, realizado pelo Hospital Oswaldo Cruz, foi publicado na revista eClinicalMedicine, do grupo Lancet. Também participaram cientistas do Instituto de Pesquisa do Hospital do Coração de São Paulo (HCor), do Hospital St. Michael, de Toronto, da Escola de Medicina da Universidade de Indiana, nos Estados Unidos, e das Universidades de Leicester, Ulster e College de Dublin, no Reino Unido.

O nefrologista também reforça que o estudo comprovou que a cirurgia é segura, possui poucos efeitos colaterais e pode até reduzir custos a longo prazo, já que o paciente deixará de gastar com medicamentos.

“É evidente que se faz necessário avaliar cada caso individualmente, mas diante dos dados, vemos que essa se torna uma grande opção terapêutica para esses pacientes”, finalizou o médico Flávio Galindo, nefrologista da Uninefron.

 

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