Reduzir a ingestão de sal e aumentar o consumo de líquidos é a base para a profilaxia renal

Reduzir a ingestão de sal e aumentar o consumo de líquidos é a base para a profilaxia renal

Reduzir a ingestão de sal e aumentar o consumo de líquidos é a base para a profilaxia renal

Recife, 25 de fevereiro

A saúde renal exige foco, equilíbrio e adaptações. Demanda uma série de restrições e novos hábitos, e muitos deles são relacionados à alimentação. De acordo com o nefrologista Rafael Pacífico, da Uninefron, se alimentar bem e corretamente, além de ingerir água e líquidos saudáveis, é fator determinante para manter o bom funcionamento do organismo, e isso, claro, vale tanto para os pacientes renais quanto para qualquer pessoa.

“Em relação aos indivíduos que têm insuficiência renal, alguns alimentos devem ser incluídos na dieta, outros precisam ser eliminados e a maioria precisa de moderação. Um deles é o sal. Produtos rico em sódio podem afetar a pressão arterial e prejudicar os vasos sanguíneos dos rins, levando os órgãos a terem a função reduzida”, explica Rafael Pacífico.

Segundo o nefrologista, a recomendação é consumir moderadamente ou até mesmo evitar sal e alimentos com muito sódio, tais como embutidos e ultraprocessados. “O sal favorece uma maior eliminação de cálcio do organismo. Isso pode gerar supersaturação da substância nos rins e levar à formação de cálculos renais. Sempre quando puder, opte por produtos naturais”, aconselha.

Enlatados, refrigerantes, salgadinhos, biscoitos recheados e outras guloseimas também são bastante perigosas para a saúde renal. “Estes produtos, consumidos com regularidade, prejudicam os rins de forma muito severa. O ideal é optar por produtos frescos, como também se habituar a cozinhar sem ou usando pouquíssimo sal”, diz Rafael Pacífico.

A orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é limitar a quantidade de sal usada pelo adulto em 5 gramas, o equivalente a uma colher de chá. A redução da ingestão entra no controle de várias patologias, como a hipertensão arterial sistêmica, a doença renal crônica, a insuficiência cardíaca, a doença hepática crônica, entre outras.

Insuficiência renal e hipertensão

Ainda de acordo com Rafael Pacífico, a insuficiência renal pode causar hipertensão devido à retenção excessiva de sal e líquidos ou à liberação de um hormônio produzido no rim, a renina. Já a hipertensão pode lesar os rins gravemente, porque torna os vasos sanguíneos desses órgãos mais espessados e rígidos. O sal, por estar intrinsecamente ligado ao aumento da hipertensão, acaba se tornando “vilão” nessa relação.

“Dentre os fatores de risco para hipertensão arterial sistêmica, temos a dieta rica em sal”, afirma o nefrologista. “Nos casos de doença renal crônica, a diminuição do consumo de sódio faz parte do tratamento não farmacológico e ajuda a controlar a pressão arterial sistêmica. Também potencializa a ação de algumas medicações hipotensoras e reduz o inchaço dos membros inferiores, fatores importantes para evitar complicações nesta síndrome patológica”, garante o médico.

O excesso de sal também pode provocar cálculo renal. “Ele provoca uma excreção aumentada de cálcio pelos túbulos renais, e isso favorece a maior formação de litíase renal. Reduzir a ingestão de sal e aumentar o consumo de líquidos durante o dia é a base para a profilaxia do cálculo renal”, conclui o nefrologista da Uninefron.

 

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