Os problemas renais causados pela esclerose múltipla

Os problemas renais causados pela esclerose múltipla

Os problemas renais causados pela esclerose múltipla

A esclerose múltipla é uma doença que afeta o sistema nervoso central e pode ter reflexos em diversas partes do corpo, inclusive nos rins. Apesar de boa parte dos pacientes apresentar uma boa expectativa de vida, é preciso saber como identificar sintomas e buscar tratamento, como explica o médico Flávio Galindo, nefrologista da Uninefron.

De acordo com ele, “cerca de 90% das pessoas com esclerose múltipla apresentam problemas com as funções da bexiga, que, por sua vez, podem desencadear desajustes renais, como pedras e inflamações nos rins”, aponta o nefrologista.

Segundo Flávio Galindo, os problemas iniciais na bexiga ocorrem devido a danos nos nervos que sinalizam a contração da bexiga, podendo fazer o músculo se contrair com mais frequência que o normal. “Isso pode causar maior desejo de urinar, maior intensidade de urina durante o sono, incontinência e disfunção urinária. É a partir daí que o problema pode chegar aos rins”, alerta.

O médico explica ainda que uma disfunção do esfíncter urinário pode causar problemas de armazenamento da urina na bexiga, fazendo com que o órgão não seja esvaziado por completo ao urinar. O líquido armazenado pode facilitar a proliferação de bactérias, o que pode causar uma infecção urinária.

“Em casos graves, a disfunção de esvaziamento pode fazer com que essa possível infecção se espalhe da bexiga para os rins. Além disso, a urina acumulada pode levar à formação de depósitos minerais, que poderão facilitar o surgimento de cálculos”, esclarece Flávio Galindo.

O médico explica que dores na região lombar podem ser os primeiros indícios de problemas renais. Portanto, os pacientes com esclerose múltipla, assim como seus familiares e acompanhantes, devem ficar atentos a qualquer sinal que o corpo emitir. “Caso seja identificada a disfunção na bexiga, pode ser recomendado um cateterismo para drenar o excesso de urina dentro do órgão. A prática, indolor, poderá prevenir o surgimento de infecções na própria bexiga e problemas renais mais graves”, conclui Flávio Galindo, nefrologista da Uninefron.

 

 

 

Topo