Insuficiência renal e sexualidade: como a doença afeta e quais recomendações adotar?

Insuficiência renal e sexualidade: como a doença afeta e quais recomendações adotar?

Insuficiência renal e sexualidade: como a doença afeta e quais recomendações adotar?

A insuficiência renal é a condição na qual os rins perdem a capacidade de efetuar funções básicas, como eliminar substâncias nocivas ao organismo, como amônia, ureia, ácido úrico, e secretar outros elementos importantes para nossa saúde. De acordo com o nefrologista Mário Henriques, da Uninefron, além das consequências clínicas, principalmente para quem faz hemodiálise, a doença pode impactar a vida do paciente de diferentes formas, inclusive em relação à sexualidade.

“Nestes casos, as anormalidades que incluem a esfera sexual abrangem desde a diminuição da libido, levando à redução da frequência de atos sexuais, podendo também causar a disfunção erétil; assim como alterar a função reprodutiva, envolvendo os distúrbios da menstruação e a redução da fertilidade nos pacientes que sofrem de insuficiência renal”, afirmou Mário Henriques.

Ainda de acordo com o nefrologista, com a diminuição da libido, pode ocorrer ainda a capacidade para atingir o orgasmo, causada por alterações químicas que afetam a função dos nervos, diminuindo a sua sensibilidade. “Outros fatores, como odores corporais e mau hálito, que costumam ser provocados no insuficiente renal devido aos altos níveis de ureia, também dificultam a atividade sexual. “Da maneira como vê o corpo devido a essas mudanças, tudo pode afetar de alguma maneira a sexualidade ou requerer certas restrições e adaptações na vida sexual”, completa.

“A disfunção erétil”, continua o médico, “pode ser encontrada em 40 a 50% dos homens portadores de doença renal crônica, geralmente após os 40 anos de idade, sendo as causas não bem definidas, suspeitando-se das substâncias retidas no corpo na insuficiência renal (uremia) ou das alterações psicológicas que podem se apresentar na doença. Vale ressaltar que a disfunção erétil pode ser tratada, melhorando a qualidade de vida do paciente”, ressalta Mário Henriques.

Outro ponto relevante observado nas pacientes que sofrem de insuficiência renal é a alteração dos ciclos menstruais. “Diante disso, existe a dificuldade de a mulher engravidar, o que é comprovado através de exames laboratoriais, quando a creatinina é maior que 3,0 mg/dl, embora se observem ainda raros casos de gestações em pacientes em programa de diálise”, garante o nefrologista.

“Por outro lado, nas mulheres que conseguem engravidar, podemos encontrar um maior risco para hipertensão na gravidez, parto prematuro e peso baixo do recém-nascido. Por se tratar de gestação de risco, o acompanhamento deve ser em conjunto entre o ginecologista e o nefrologista, para que as medidas terapêuticas necessárias sejam realizadas e tudo corra bem para a paciente e o bebê”, conclui Mário Henriques, da Uninefron.

 

 

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