Informação e tratamento precoce são os principais aliados contra a doença renal crônica

Informação e tratamento precoce são os principais aliados contra a doença renal crônica

Informação e tratamento precoce são os principais aliados contra a doença renal crônica

Recife, 04 de março de 2022

Um a cada dez brasileiros sofre de doença renal crônica (DRC), segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN). O dado é crítico e se torna ainda mais grave com a desinformação e o fato de muitos não perceberem os sinais do problema nos estágios iniciais, quando os sintomas não parecem tão evidentes. “A evolução da doença renal crônica é assintomática na maior parte do tempo, o que costuma retardar o diagnóstico. Trata-se de uma doença de curso prolongado, que parece benigna, mas que muitas vezes se torna bastante grave”, explica o nefrologista Flávio Galindo, da Uninefron.

O médico lista alguns sintomas para detectar problemas renais. “O paciente pode observar se está se sentindo mais cansado e com menos energia, apetite reduzido, dificuldade para se concentrar e para dormir, cãibras à noite, dores lombares, pele seca e irritada, náuseas e vômitos frequentes. Também pode ser sinal o inchaço nos pés e tornozelos ou ao redor dos olhos – neste último caso, especialmente pela manhã”, alerta Flávio Galindo.

O paciente renal também pode ter dificuldade de urinar ou fazer isso com mais frequência, principalmente à noite. “A urina, muitas vezes, apresenta muita espuma ou um aspecto sanguinolento e, nesses casos, a pessoa sentirá queimação ou dor ao urinar”, diz o nefrologista.

A pressão alta é outro sinal de alerta. Isso porque a hipertensão é um dos principais fatores de risco para a insuficiência renal. O mesmo pode se dizer do diabetes, do tipo 1 ou do tipo 2. “Idosos, obesos, pessoas com histórico de doença do aparelho circulatório, como doença coronariana, acidente vascular cerebral, doença vascular periférica, insuficiência cardíaca ou com histórico de doença renal crônica na família são grupos de risco para a DRC”, afirma Flávio Galindo. Quem faz uso de agentes nefrotóxicos, principalmente medicações que necessitam de ajustes em pacientes com alteração da função renal, também está nessa lista.

PEDRA NOS RINS E INFECÇÃO RENAL

Ainda de acordo com Flávio Galindo, os tipos mais comuns de doenças renais são os cálculos renais, conhecidos como pedras nos rins. Elas são formadas principalmente pela pouca ingestão de líquido (caracterizada pela urina escura), consumo elevado de sal e proteínas, entre outros problemas. A dor é intensa quando essas pedras se movimentam e descem pelo canal da uretra, causando obstrução do fluxo urinário e dilatação do rim. “Outro problema é a infecção renal ou pielonefrite, causada geralmente por uma bactéria na bexiga, a cistite. Já os cistos renais são bolhas que se formam no meio do rim”, lembra o médico.

Os casos mais graves são os de insuficiência renal, quando o rim perde a capacidade de filtrar resíduos, sais e líquidos do sangue. “Ela pode ser aguda, quando ocorre súbita e rápida perda da função renal; ou crônica, quando a perda é lenta, progressiva e irreversível. O tratamento principal é o procedimento de hemodiálise. Já o câncer de rim é raro e ocorre com a alta frequência dos cistos renais. Muitas vezes eles são malignos, mas, se tratados no início, há muita chance de cura”, assegura Flávio Galindo, da Uninefron.

 

Topo