Trombose da veia renal: como se dá e quando devemos nos preocupar?

Trombose da veia renal: como se dá e quando devemos nos preocupar?

Trombose da veia renal: como se dá e quando devemos nos preocupar?

A trombose, doença comumente associada às veias das pernas (venosa profunda) e dos pulmões (embolia pulmonar), também pode se desenvolver nos rins. De acordo com o nefrologista Mário Henriques, da Uninefron, a trombose renal é rara, envolve as principais veias dos rins, acometendo principalmente o adulto portador de síndrome nefrótica, situação na qual grande quantidade de proteína se perde na urina, ou crianças que estejam com quadro de desidratação. “Além de portadores de distúrbios da coagulação (trombofilias), uma vez ocorrendo a trombose, que se caracteriza por formação de coágulo no interior da veia, o fluxo de sangue fica reduzido ou impedido de continuar na região afetada, e com isso trazendo prejuízo para a função renal”, explica.

“A trombose pode ocorrer de forma aguda, apresentando-se com sintoma de dor nas costas, sangue na urina e dor lombar (área entre as costelas e as ancas), além de febre e elevação no número de leucócitos no sangue, nos casos mais graves encontramos alteração da função renal, expressas no aumento da ureia e creatinina. Nos casos de desenvolvimento crônico, comporta-se de forma geralmente com poucos sintomas, sendo mais difícil o diagnóstico. Na faixa etária infantil, os sintomas da trombose, vem antecedidos por quadros que levam a desidratação, entre os principais encontramos a diarreia, vômitos, infecções respiratórias entre outras”, esclarece Mário Henriques

“Atenção especial tem que ser dado a possibilidade de embolia pulmonar, que ocorre quando um fragmento do coágulo que se formou na veia renal pode se desprender e migrar para os vasos pulmonares levando a obstrução destes com lesão nos pulmões, e com isso episódios de cansaço intenso, associado a dor no tórax e necessidade de internação pela gravidade do quadro”, ressalta o nefrologista.

Mário Henriques explica ainda que os diagnósticos de trombose da veia renal podem se dar com exames de imagem, de sangue e de urina. Os exames de sangue podem evidenciar a insuficiência renal, quando há a redução na capacidade de os rins processarem e excretarem os produtos residuais do organismo. A angiografia por ressonância magnética (RM), a ultrassonografia com Doppler e a angiografia por tomografia computadorizada (TC) também são usadas para diagnosticar a trombose da veia renal e suas complicações.

Já o tratamento se dá através do distúrbio subjacente, com medicamentos anticoagulantes capazes de prevenir ou dissolver os coágulos de sangue – e raramente cirurgia. “O prognóstico depende da causa e das complicações da trombose e do grau de lesão renal. A boa notícia é que é raro uma trombose da veia renal provocar a morte”, e na grande maioria dos casos o tratamento é com medicação, conclui Mário Henriques.

 

 

 

 

Topo