Fisioterapia intradialítica: aliada essencial no cuidado integral ao paciente renal

Fisioterapia intradialítica: aliada essencial no cuidado integral ao paciente renal

Fisioterapia intradialítica: aliada essencial no cuidado integral ao paciente renal

Recife, 27 de junho de 2025

O acompanhamento de pacientes em tratamento renal é um processo complexo, que exige a aplicação de diversas estratégias para garantir um cuidado integral e eficaz. Entre essas abordagens, de acordo com o médico Mário Henriques, nefrologista da Uninefron, a fisioterapia intradialítica tem ganhado destaque como um componente essencial para melhorar a qualidade de vida e a funcionalidade desses pacientes. “Na Uninefron, estamos sempre preocupados em oferecer um atendimento completo e humanizado, por isso dispomos desse tratamento especializado durante as sessões de hemodiálise na nossa clínica”, ressalta ele.

“A fisioterapia realizada durante as sessões de hemodiálise atua diretamente nas limitações físicas que muitos pacientes apresentam, como fraqueza muscular, fadiga, redução da capacidade aeróbica e mobilidade comprometida. O paciente renal crônico, muitas vezes, se encontra em um estado de imobilidade funcional. A fisioterapia intradialítica atua exatamente nesse ponto, oferecendo estímulo físico seguro durante o próprio tratamento”, garante Mário Henriques.

Ainda segundo o nefrologista, entre os principais benefícios observados com essa abordagem, destaca-se a melhora significativa da capacidade funcional, que se traduz na maior facilidade para realizar atividades diárias, como caminhar, levantar-se ou subir escadas. Além disso, a prática regular de exercícios reduz a sensação de fadiga crônica, bastante comum nesse público, e contribui para a melhora da qualidade de vida tanto no aspecto físico quanto no emocional.  “Com a atividade física regular, notamos não apenas melhoras objetivas, como na força muscular, mas também um ganho subjetivo importante, uma vez que o paciente volta a se sentir ativo, produtivo e confiante”, destaca o médico.

“Também se observa melhora na circulação periférica e no controle da pressão arterial do paciente, o que pode reduzir o risco de complicações cardiovasculares, frequentemente associadas à insuficiência renal crônica. Outro ponto relevante é que a atividade física durante a hemodiálise pode potencializar a remoção de toxinas como a ureia, aumentando a eficiência do tratamento dialítico”, garante Mário Henriques.

Benefícios da fisioterapia intradialítica

O nefrologista Mário Henriques ressaltou alguns benefícios da fisioterapia intradialítica para o paciente renal, de acordo com pesquisas de dados da Riufal – Repertório Institucional da Universidade Federal de Alagoas – e da Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício. São eles:

Redução significativa da fadiga: Uma meta-análise com 15 estudos mostrou que o exercício intradialítico reduz os sintomas de fadiga em até 81% nos pacientes que praticam atividade durante a diálise, em comparação com o grupo controle. Os melhores resultados ocorreram com exercícios aeróbicos acima de 20 minutos, realizados nas primeiras duas horas da sessão, com menos de 12 sessões.

Melhora da capacidade cardiopulmonar e respiratória: Revisões sistemáticas indicam ganhos importantes na capacidade cardiovascular, resistência ao exercício e eficiência respiratória quando combinados exercícios aeróbicos e de força. Programas com 8 a 12 semanas de treino, três vezes por semana, melhoram a força dos membros inferiores e o desempenho em testes funcionais, como o sit-to-stand e caminhada de 6 minutos.

Aumento da sobrevida: Um ensaio clínico recente associou mais de 60 minutos de exercício intradialítico, três vezes por semana, a uma melhora na sobrevida de pacientes em hemodiálise. Apesar de promissor, são necessários mais estudos para confirmar esses resultados.

Impacto na qualidade de vida e saúde mental: Programas de exercício realizados por 8 semanas melhoraram a qualidade de vida física e mental, reduzindo sintomas de depressão em pacientes em diálise.

Exercícios aeróbicos leves são os mais utilizados e eficazes

Mário Henriques ressalta que os exercícios mais utilizados nesse contexto são os aeróbicos leves, como o uso de cicloergômetros adaptados à cadeira de diálise, exercícios resistidos com elásticos ou pesos leves, além de alongamentos e exercícios respiratórios. “Não se trata de exercícios intensos, e sim de movimentos planejados, seguros e acessíveis, pensados para respeitar as limitações do paciente renal e, ao mesmo tempo, estimular sua recuperação funcional”, explica o médico.

É fundamental ressaltar que a fisioterapia intradialítica deve ser conduzida por profissionais especializados, com avaliação individualizada e constante monitoramento, garantindo a segurança e a adequação do programa de exercícios às condições específicas de cada paciente. Por fim, o nefrologista da Uninefron Mário Henriques relata que essa prática vem se consolidando como uma ferramenta importante na promoção da saúde, funcionalidade e qualidade de vida da população renal crônica.

 

 

 

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