Fibrose renal: causas, tratamentos e impactos para a saúde dos rins
Recife, 30 de maio de 2025
Diversas patologias podem afetar os rins, órgãos essenciais para a filtragem do sangue e a regulação de processos metabólicos. Entre elas, o médico Mário Henriques, nefrologista da Uninefron, destaca a fibrose renal. Segundo ele, essa condição é caracterizada pelo acúmulo excessivo de tecido fibroso, geralmente causado por inflamação crônica ou por danos ao tecido renal ao longo do tempo.
De acordo com Mário Henriques, a fibrose renal pode ser causada por diversos fatores. “Entre eles, estão as doenças renais crônicas, lesões repetidas e condições genéticas”, alerta. O médico ainda esclareceu e detalhou outras principais causas. Acompanhe:
01 -Doenças renais crônicas (DRC): incluem hipertensão arterial, diabetes mellitus e glomerulonefrite;
02 -Isquemia renal crônica: redução do fluxo sanguíneo para os rins;
03 -Doenças autoimunes: como lúpus eritematoso sistêmico e vasculites;
04 -Infecções recorrentes: a exemplo das pielonefrites;
05 -Nefrotoxicidade: exposição a medicamentos ou toxinas que prejudicam a função renal;
06 -Obstrução urinária crônica: causada por cálculos renais, hiperplasia prostática ou tumores.
A progressão da fibrose renal ocorre em etapas. Inicialmente, uma lesão renal – provocada por inflamação, toxinas ou outros fatores – desencadeia uma resposta inflamatória no rim. “Essa resposta ativa células especializadas, chamadas fibroblastos, que, ao serem produzidas em excesso, levam ao acúmulo de tecido fibroso nos rins”, explica Mário Henriques.
O médico ressalta ainda que, em muitos casos, a fibrose renal é assintomática no início. “Contudo, à medida que a condição avança, podem surgir sinais como redução na produção de urina, inchaço (edema) nas pernas, tornozelos ou ao redor dos olhos, fadiga, pressão alta, dificuldade de concentração, perda de memória e anemia. Sem tratamento adequado, a fibrose pode evoluir para consequências graves, como perda progressiva da função renal, insuficiência renal crônica e necessidade de diálise ou transplante”, assegura ele.
Diagnóstico precoce e tratamento são fundamentais
Para o médico Mário Henriques, o diagnóstico da fibrose renal envolve uma combinação de exames e testes de imagem como ultrassom e tomografia, biópsia renal, além de análises de sangue e urina.
“Embora não haja cura para a fibrose renal, o tratamento é fundamental para controlar as causas subjacentes e evitar a progressão da doença”, afirma o médico. Disse ainda “que as abordagens terapêuticas incluem o controle rigoroso da pressão arterial e do diabetes, o uso de medicamentos, a redução de proteínas na dieta (se recomendada pelo médico) e o tratamento de infecções ou obstruções urinárias”.
O médico Mário Henriques, da Uninefron, ressaltou também que o acompanhamento contínuo com um nefrologista e outros profissionais de saúde é indispensável para que o paciente receba as melhores orientações e os tratamentos necessários.