Dia Nacional de Prevenção da Obesidade: cuidando do peso para proteger os

Dia Nacional de Prevenção da Obesidade: cuidando do peso para proteger os

Dia Nacional de Prevenção da Obesidade: cuidando do peso para proteger os

Recife, 10 de outubro de 2025
O Dia Nacional de Prevenção da Obesidade, celebrado neste sábado, em 11 de outubro, nos lembra que manter um peso saudável vai muito além da estética. A obesidade é considerada uma doença crônica e representa hoje um dos maiores desafios de saúde pública no Brasil e no mundo. “Esse cenário preocupa porque a obesidade tem sido associada ao desenvolvimento e à progressão da doença renal crônica (DRC)”, alerta a médica Vivianne Pinheiro, nefrologista da Uninefron.

Ainda de acordo com a especialista, estima-se que 850 milhões de pessoas no mundo vivam com algum grau de doença renal e, no Brasil, mais de 10 milhões de pessoas já convivem com a condição. “A obesidade é uma doença grave, associada a um aumento da mortalidade e risco aumentado de diabetes mellitus, hipertensão, dislipidemia, doença renal e doença arterial coronariana”, ressalta Vivianne Pinheiro.

Pesquisas realizadas pelo IBGE apontam que mais de 60% da população brasileira adulta está com excesso de peso, e aproximadamente 1 em cada 4 brasileiros já é obeso. De acordo com a nefrologista, “a ligação entre os dois problemas está no impacto da obesidade sobre doenças como hipertensão e diabetes, que, juntas, respondem por cerca de 70% dos casos de DRC. A obesidade provoca uma sobrecarga nos rins e tambémaumenta o risco de hipertensão e diabetes, que são grandes inimigos da saúde renal”, esclarece a médica.

“Para ajudar a retardar a progressão da doença renal crônica,devemos controlar esses fatores que são modificáveis. Também tem sido vista a glomerulopatia relacionada à obesidade,referindo-se à glomeruloesclerose focal e segmentar. Apesar do curso lento de progressão da doença renal, a evolução para necessidade de diálise pode ocorrer de 10 a 33% dos casos.  Por isso, prevenir o ganho excessivo de peso é também proteger os rins”, explica Vivianne Pinheiro.

Modificações no estilo de vida ajuda a melhorar qualidade de vida dos pacientes

A nefrologista Vivianne Pinheiro explica que a prevenção começa com escolhas simples no dia a dia. Uma alimentação equilibrada e rica em frutas, verduras, legumes, proteínas magras e grãos integrais ajuda a controlar não apenas o peso corporal, mas também os níveis de glicose e pressão arterial. “São modificações no estilo de vida para todos os pacientes. Então, todos devem receber orientação sobre dieta, exercícios e metas para o controle do peso. O excesso de sal e o consumo frequente de ultraprocessados estão diretamente associados à pressão alta e, consequentemente, à sobrecarga dos rins. Reduzir esses alimentos já é um grande passo. Os benefícios da perda de peso também incluem redução da depressão, melhorias na qualidade de vida e na mobilidade”, reforça a médica.

Outro aliado indispensável é a atividade física. “Movimentar-se de forma regular, seja caminhando, praticando esportes ou mesmo em atividades cotidianas, controla o peso e reduz o risco de complicações renais”, orienta Vivianne Pinheiro, ressaltando a importância do acompanhamento médico e dos exames de rotina. “Muitas vezes, a doença renal crônica evolui silenciosamente. Medir a pressão, checar a glicemia e realizar exames laboratoriais periódicos pode fazer toda a diferença no diagnóstico precoce e no sucesso do tratamento”.

“Os candidatos à terapia farmacológica geralmente são os adultos obesos, com comorbidades e que não atingiram as metas de perda de peso com a mudança no estilo de vida. A terapia medicamentosa deve ser individualizada e iniciada pelo médico após uma avaliação cuidadosa dos riscos e benefícios de todas as opções de tratamento, inclusive da possibilidade de terapia cirúrgica. Neste 11 de outubro, a mensagem é clara: cuidar do peso é um gesto de cuidado com a saúde dos rins e com a qualidade de vida como um todo. Prevenir a obesidade significa reduzir o risco de doenças graves e garantir mais vitalidade para o futuro”, finaliza a médica Vivianne Pinheiro, da Uninefron.

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