Setembro Vermelho: saiba a relação entre a saúde do coração e a dos rins

Setembro Vermelho: saiba a relação entre a saúde do coração e a dos rins

Setembro Vermelho: saiba a relação entre a saúde do coração e a dos rins

Recife, 06 de setembro de 2024

O Setembro Vermelho é uma campanha criada com o intuito de conscientizar sobre os cuidados com a saúde cardíaca e a prevenção das doenças cardiovasculares. De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 300 mil indivíduos sofrem, por ano, de infarto agudo do miocárdio (IAM) e, em cerca desses 30% dos casos, ocorre óbito. “Estar atento aos hábitos e aos sinais do corpo é imprescindível para que o coração possa bater saudável. O mau funcionamento desse órgão pode afetar outros, como os rins”, alerta o médico Rafael Pacífico, nefrologista da Uninefron.

Rafael Pacífico ainda explica que o coração e os rins são órgãos que estão diretamente relacionados. Dessa forma, um quadro de insuficiência cardíaca, por exemplo, pode comprometer as funções renais e vice-versa. “Essa relação é tão importante que, na medicina, existe uma síndrome chamada de cardiorrenal, termo amplo que se refere a diferentes condições envolvendo tanto o coração quanto os rins”, ressalta.

Relação entre coração e rins

De acordo com o nefrologista, o coração e os rins trabalham em conjunto, como um time. “À medida que o coração envia sangue para todo o corpo, os rins filtram esse sangue, removendo as suas impurezas, de forma a assegurar que o sangue tenha as quantidades certas de nutrientes e minerais. Ajudam também a manter a pressão arterial em valores controlados e contribuem para a formação de hormônios  e vitaminas”, explica Rafael Pacífico.

A hipertensão e a insuficiência cardíaca – continua o médico – levam também à lesão dos vasos nos rins e, em conjunto com a diabetes, constituem a maior causa de doença renal crónica entre nós. Por isso, é importante controlar a pressão arterial e a glicemia, de modo a reduzir as complicações renais.

Por outro lado, as pessoas com doença renal crônica (DRC) têm maior risco de morte por doença cardiovascular do que por uma causa renal. “Isso se deve a vários fatores, como a consequente acumulação de substâncias tóxicas que agridem os vasos e o coração, aumentando o risco de arritmias por vezes fatais e o aumento da pressão arterial (hipertensão), que ocorre na DRC e é o maior fator de risco para acidente vascular cerebral e o segundo, logo atrás do colesterol, para o infarto agudo do miocárdio”, garante Rafael Pacífico.

Como manter o coração e os rins saudáveis?

O médico também esclarece que, para manter tanto o coração como os rins em pleno funcionamento, a primeira orientação é a adoção de hábitos saudáveis. “Manter uma dieta equilibrada, praticar atividade física, não fumar e evitar o consumo de álcool são os principais deles.  Também é importante manter um acompanhamento regular com um médico, que é um forte aliado na prevenção tanto de doenças cardiovasculares como de doenças renais”, finaliza o médico Rafael Pacífico, nefrologista da Uninefron.

Topo