Nefrologista alerta para a depressão em pacientes com doença renal crônica

Nefrologista alerta para a depressão em pacientes com doença renal crônica

Nefrologista alerta para a depressão em pacientes com doença renal crônica

Recife, 28 de junho de 2024

Pacientes com doenças autoimunes, câncer ou alguma patologia crônica, como a doença renal, passam por grandes mudanças. Além das alterações na rotina, muitos são submetidos a tratamentos difíceis, de longo prazo e até para o resto da vida. De acordo com o médico Rafael Pacífico, nefrologista da Uninefron, a descoberta do diagnóstico e a sobrecarga do tratamento, além de outros fatores, podem acarretar complicações psicológicas, além das manifestações físicas decorrentes deles, como a depressão.

Segundo Rafael Pacífico, estudos demonstram que a depressão é de três a cinco vezes mais prevalente no estágio avançado da doença renal crônica do que na população em geral. A incidência do problema nos pacientes em hemodiálise está em torno de 20% a 40%.  “Apesar de a taxa ser relevante, a depressão nesses pacientes ainda é subnotificada e pouco tratada. Isso acontece, em muitos casos, porque os profissionais de saúde assemelham os sintomas depressivos aos das doenças crônicas, focando o cuidado apenas nos aspectos físicos”, explica o médico.

Para transformar esse cenário, o médico Rafael Pacífico alerta que é preciso estar atento a alguns sinais e mudanças de comportamento, como isolamento, falta de apetite, tristeza, surgimento de hematomas no corpo e, na maioria das vezes, o paciente não comentar sobre o que sente com ninguém.

Paciente renal com diagnóstico de depressão deve ser tratado por psicólogo e psiquiatra

Independente do surgimento desses sinais, um paciente renal crônico deve contar com um acompanhamento psicológico prévio. Em caso de diagnóstico de depressão, ele deve ser tratado por psicólogo e psiquiatra, até com prescrição de medicamentos. “Além disso, deve ser incentivado a manter uma rotina de prática de exercício físico e de atividades que contribuam para reduzir o estresse e os impactos negativos da doença no corpo e na mente”, completa Rafael Pacífico.

O médico reforça ainda a importância de um acompanhamento multidisciplinar para que o cuidado seja amplo e completo, contando sempre com o apoio familiar. “Dessa forma, mesmo nos momentos mais difíceis, fica menos doloroso e ajuda o paciente renal a enfrentar essa nova realidade da sua vida com mais leveza, tranquilidade”, finaliza Rafael Pacífico, nefrologista da Uninefron.

Topo