
Fatores de risco da lesão renal aguda pode evoluir para doença renal crônica. Saiba como prevenir
Recife, 1º de novembro
Muito se fala em doença renal crônica (DRC), mas, além dela, existe a lesão renal aguda (LRA), que se caracteriza pela deterioração súbita e rápida das funções dos rins. “Embora a LRA seja potencialmente reversível, muitos pacientes não recuperam completamente a função renal. Em algumas pessoas, pode evoluir para um quadro crônico”, alerta a médica Vivianne Pinheiro, nefrologista da Uninefron.
De acordo com ela, os principais fatores de risco para a evolução da lesão renal aguda para doença crônica são: “Gravidade da lesão renal aguda com necessidade de diálise tem maior probabilidade de evoluir para DRC; idade avançada, com maior incidência em pacientes acima de 65 anos; portador de comorbidades, como diabetes, hipertensão, insuficiência cardíaca, episódios repetidos de LRA podem causar danos cumulativos aos rins e duração prolongada, pois quanto maior o tempo de duração da lesão renal aguda, menor a capacidade de recuperação”, explica Vivianne Pinheiro.
Prevenção da evolução da lesão renal aguda para doença renal crônica
A médica Vivianne Pinheiro esclarece que pacientes com DRC preexistente que desenvolvem LRA têm maior probabilidade de progredir para diálise e de permanecer em diálise após a alta hospitalar. “A evolução da lesão renal aguda para doença renal crônica é um processo complexo e multifatorial e é importante tentar prevenir a progressão da insuficiência renal, a fim de melhorar os desfechos clínicos a longo prazo”, garante ela.
A médica ressalta ainda a importância de algumas medidas para prevenir a progressão da LRA para a DRC. “A lesão renal aguda (LRA), apesar de ser reversível, precisa de um seguimento com o monitoramento cuidadoso da função renal após um episódio de LRA, assim pacientes que se recuperam devem ser avaliados pelo nefrologista em três meses, ou antes, dependendo da gravidade da LRA”, afirma Vivianne Pinheiro.
“Os pacientes diagnosticados com LRA podem ter uma duração variável de evolução da doença, que, geralmente, está associada à gravidade e à repetição de eventos de agressão inicial. Alguns pacientes se recuperam em poucos dias, outros ficam em diálise por semanas”, explica Vivianne Pinheiro.
“No seguimento tardio, após LRA, o paciente deve ir ao nefrologista de forma regular (pelo menos, uma vez ao ano), controlar fatores de risco, como hipertensão e diabetes, ter atenção aos medicamentos tóxicos para os rins e adotar um estilo de vida saudável”, finaliza Vivianne Pinheiro, nefrologista da Uninefron.