Nefropatia diabética: o que é, quais são os sintomas e como prevenir?

Nefropatia diabética: o que é, quais são os sintomas e como prevenir?

Nefropatia diabética: o que é, quais são os sintomas e como prevenir?

Recife, 20 de maio de 2022

A nefropatia diabética é uma complicação secundária ao diabetes, provocada por lesões microvasculares no glomérulo (unidade formadora do rim), que surge após 10 a 15 anos do início da doença. Acomete cerca de 30 a 40% dos portadores de Diabetes Mellitus. “Requer uma atenção especial, uma vez que pode causar insuficiência renal crônica”, alerta o nefrologista Mário Henriques, da Uninefron.

O nefrologista lembra ainda que o diabetes é uma das principais causas de doença renal e um dos maiores responsáveis pelo aumento de pacientes em diálise. “Atualmente, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), existem mais de 190 milhões de diabéticos e, até 2030, o montante estimado é de 300 milhões”, afirma.

“O paciente, ao receber o diagnóstico de diabetes, necessita ter os devidos cuidados e acompanhamento médico para orientar e auxiliar no equilíbrio do açúcar presente no sangue. Uma vez que a persistência de glicose elevado no sangue por tempo prolongado é o fator determinante para o desenvolvimento da nefropatia diabética. Uma abordagem multiprofissional com nutricionista, educador físico aumenta a aderência ao tratamento e reduz as complicações”, explica Mário Henriques.

Ainda de acordo com o médico, a nefropatia diabética é silenciosa, sem sintomas iniciais aparentes e capazes de indicar o surgimento das lesões características a elas nos rins. “Inicialmente se expressa pela perda pequena de proteína na urina (microalbuminúria), e progressivamente aumenta (albuminúria), levando ao inchaço nas pernas, e alteração da função renal com elevação da creatinina e ureia no sangue. No momento em que a proteína na urina aumenta de quantidade (albuminúria), temos concomitantemente o desenvolvimento da hipertensão arterial secundária a lesão renal provocada pela nefropatia diabética”, esclarece.

“Pacientes com diagnóstico de diabetes devem fazer check-up anual, com a testagem de uma amostra de urina, para acompanhar de forma mais atenta a saúde dos rins, identificando precocemente a presença do aumento da proteína na urina. O diagnóstico precoce promove uma terapêutica adequada visando a redução da proteinúria e proteção do rim. Como não apresenta sintomas precoces, o diagnóstico é fechado tardiamente e, por esse motivo, muitas vezes a situação é irreversível e pode progredir até se converter em insuficiência renal crônica terminal, levando à necessidade de substituição renal pela diálise ou transplante”, conclui o nefrologista Mário Henriques, da Uninefron.

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