Exercícios físicos são essenciais para evitar comprometimento renal

Exercícios físicos são essenciais  para evitar comprometimento renal

Exercícios físicos são essenciais para evitar comprometimento renal

Recife, 14 de janeiro de 2022

 

Não há como correr: um dos pilares para garantir qualidade de vida é praticar exercícios físicos regularmente. Para quem tem diabetes ou hipertensão, é ainda mais essencial deixar o imobilismo outra justificativa de lado. A prática é eficaz por uma série de fatores: controle dos níveis glicêmicos, redução do colesterol, da pressão arterial e do excesso de peso, melhoria da força muscular, do equilíbrio, da circulação e da coordenação motora. “Indispensável para a saúde mental e física, é consequentemente muito importante para a saúde renal”, como destaca a nefrologista Ângela Santos, da Uninefron.

“A prática de exercícios físicos tem papel fundamental na prevenção da doença renal crônica (DRC). Eles regulam a pressão arterial e os níveis de glicose, através da perda de peso; dois fatores associados ao bom funcionamento dos rins, órgãos responsáveis por essa filtragem”, explica a médica. A probabilidade de desenvolver a DRC, revelam estudos, é 10% menor para quem pratica atividade física em relação a uma pessoa sedentária.

Além dos riscos causados pela diabetes e hipertensão, a obesidade é outra consequência do sedentarismo capaz de comprometer a saúde renal. “Quando uma pessoa está com excesso de gordura, o corpo todo funciona com mais dificuldade. No caso dos rins, esse aumento da massa corporal já é fator de risco, porque eles precisam trabalhar muito mais para filtrar o sangue, podendo sobrecarregá-los. A formação de placas de gordura atrapalha o fluxo de sangue nas artérias renais e, com elas comprometidas, ocorre essa sobrecarga”, reforça Angela Santos.

ALERTAS IMPORTANTES

Exercício é fundamental, mas precisa de alguns alertas, como a prática regular, a orientação profissional, a boa alimentação e a hidratação. “O aumento da temperatura corporal e da produção de suor causam a desidratação, se não ocorrer a reposição adequada. E isso pode reduzir o fluxo sanguíneo renal e o poder de filtração realizada pelos rins, podendo também, em casos graves, lesionar esses órgãos, ou até evoluir para um quadro de rabdomiólise, que seria uma lesão muscular importante, desencadeando lesão renal aguda, orienta a nefrologista da Uninefron.

E não adianta ser “atleta de fim de semana”. De acordo com Ângela Santos, os impactos de um esforço fora do comum podem desencadear complicações. “Por isso, é sempre importante iniciar de forma moderada, de preferência com orientação de um profissional de educação física, e com alguma atividade que traga prazer, para elevar o ritmo aos poucos até se tornar um hábito diário”, explica.

“O excesso de peso é, naturalmente, consequência de maus hábitos alimentares. O consumo desenfreado de proteínas e sal, por exemplo, potencializa o surgimento de cálculos renais. Por isso, a importância de uma alimentação balanceada”, conclui Angela Santos, nefrologista da Uninefron.

 

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