Nefrologista alerta para alguns medicamentos que afetam a saúde dos rins

Nefrologista alerta para alguns medicamentos que afetam a saúde dos rins

Nefrologista alerta para alguns medicamentos que afetam a saúde dos rins

Alguns medicamentos utilizados no tratamento de patologias comuns, inclusive aquelas que não estão ligadas aos rins, podem causar lesões renais se administrados de maneira inapropriada. Esses remédios são chamados de nefrotóxicos. Segundo a médica Ângela Santos, nefrologista da Uninefron, alguns desses fármacos podem afetar a saúde renal e, inclusive, causar insuficiência renal aguda.

De acordo com Ângela Santos, os medicamentos nefrotóxicos são aqueles que podem ter na sua composição toxinas que são direcionadas ao rim antes de serem dissipadas pelo organismo. “Caso essas substâncias não estejam em níveis adequados, podem desencadear os danos renais”, explica a nefrologista.

Entre os principais medicamentos nefrotóxicos, estão os anti-inflamatórios não esteroides, como a aspirina; os antibióticos, como a penicilina; e os analgésicos de paracetamol, quando ingeridos com frequência e de forma prolongada (meses ou anos). Também fazem parte dessa lista os antipsicóticos e alguns compostos para tratamento de distúrbio bipolar; os diuréticos, quando administrados em grandes doses; e os quimioterápicos.

A médica ainda alerta para situações que podem indicar alguma insuficiência renal causada pelo excesso dos remédios contínuos. “O corpo pode apresentar alguns sintomas em situações de doença renal causada pelas medicações, especialmente em casos mais graves, como diminuição da produção de urina, retenção de líquido, inchaço nos membros inferiores, fadiga, confusão mental, náusea e vômitos”, garante Ângela Santos.

“Caso a pessoa perceba alguns desses problemas, o primeiro passo é procurar atendimento médico e suspender o uso do medicamento. De forma geral, a recuperação da função renal ocorre após a interrupção da substância responsável pelo dano ao órgão, mas se já houver um grau elevado de insuficiência renal, pode ser necessário um tratamento mais profundo, como a diálise”, diz a médica.

Ângela diz que, caso seja necessário tomar esses medicamentos para tratar as doenças para as quais eles são recomendados, as pessoas o façam sob supervisão e orientação de um médico responsável pelo diagnóstico e pela indicação correta. “Somente um profissional poderá receitar a quantidade correta de cada substância e seus intervalos, além de examinar se o quadro não poderá provocar outros problemas”, aconselha a nefrologista.

“Nunca devemos tomar remédios por conta própria, ainda mais ingeri-los de forma prolongada e sem controle, sem acompanhamento de um profissional. Temos que lembrar também que outros fatores podem tornar ainda mais provável o surgimento de lesões nos rins, como desidratação, insuficiência cardíaca ou a presença de doenças crônicas, como hipertensão e diabetes”, finaliza Ângela Santos.

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