Nefrite lúpica: saiba como os lúpus pode afetar os rins

Nefrite lúpica: saiba como os lúpus pode afetar os rins

Nefrite lúpica: saiba como os lúpus pode afetar os rins

Os lúpus é uma doença inflamatória autoimune que não tem cura, mas que pode ter controle através de medicamentos e mudança de hábitos. A patologia, contudo, pode afetar os rins, causando desde alterações urinárias mínimas até a insuficiência renal crônica, como explica a médica Ângela Santos, nefrologista da Uninefron.

“Essa progressão pode acontecer quando tratamentos imunossupressores não conseguem deter o processo inflamatório de atividade. Além dos rins, os lúpus sistêmicos (LES) pode causar lesões em outros órgãos alvos, como sistema nervoso, coração, pulmões, e nas articulações”, explica Ângela.

Alguns sintomas podem indicar que portadores de lúpus possam estar sofrendo de problemas renais, como sangue na urina, urina com espuma, inchaço excessivo nos membros, dores em articulações e músculos, aumento da pressão arterial e presença de febre sem causa aparente.

A nefrologista Ângela Santos explica que a nefrite lúpica é classificada em seis tipos, que podem ser diagnosticados por meio da biópsia do rim, em que se faz a retirada de um minúsculo pedaço do tecido renal para ser examinado. “É importante fazer essa biópsia para que o especialista possa indicar com segurança e eficiência o melhor tratamento para cada paciente”, afirma.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as pesquisas mostram uma maior prevalência dos lúpus entre mulheres, principalmente entre 15 e 45 anos, porque nessa faixa etária os hormônios têm mais atuação. Nos casos mais graves, pode ser necessário realizar tratamento conservador através de dieta específica e controle rigoroso da pressão arterial, com o objetivo de preservar a função renal.

“Os tratamentos devem ser realizados para retardar a progressão da doença renal crônica, tentando evitar que sejam necessárias sessões dialíticas. No entanto, a experiência comprova o êxito da diálise, que possibilita uma boa qualidade de vida aos portadores de lúpus”, finaliza a nefrologista Ângela Santos.

Publicado em  08 de julho de 2021

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