Mês da mulher: cuidados com a saúde renal no corpo feminino
Neste mês de março, em que se comemora o Dia Internacional da Mulher no dia 08, a médica Vivianne Pinheiro, nefrologista da Uninefron, explica quais cuidados o público feminino deve ter para cuidar da saúde renal. Segundo o Instituto de Métricas e Avaliação em Saúde da Universidade de Washington, a insuficiência renal crônica, por exemplo, é a oitava maior causa de morte entre as mulheres, provocando 600 mil óbitos por ano.
Segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia, uma a cada quatro mulheres com idade entre 65 e 74 anos possui alguma doença renal crônica. “É preciso estar atenta à presença de comorbidades que possam agravar a incidência de doença renal. O diabetes, por exemplo, doença crônica que está entre as principais causadoras de problemas renais, é tradicionalmente mais frequente em mulheres do que nos homens”, aponta a nefrologista.
Outro cuidado importante está relacionado à gravidez. “Durante uma gestação normal já existe o aumento progressivo do volume sanguíneo e do tamanho dos rins, provocando uma ampliação da filtração renal fazendo-os trabalhar em excesso. Por isso, as gestantes que já possuem alguma doença renal prévia podem ter um agravamento do quadro, sendo essencial manter um acompanhamento nefrológico durante todo o período gestacional”, alerta Vivianne Pinheiro.
Ainda de acordo com a nefrologista, outro quadro muito comum é a infecção urinária, sendo bem mais frequente em mulheres com idade inferior a 50 anos do que nos homens da mesma faixa etária. “Mulheres com infecção recorrente devem procurar uma orientação médica especializada para minimizar a exposição aos antimicrobianos”, ressaltou.
“Algumas recomendações servem tanto para mulheres quanto para homens: é necessário manter uma alimentação equilibrada, praticar atividades físicas, evitar o tabagismo e as bebidas alcoólicas, além de não fazer a automedicação, especialmente, com remédios anti-inflamatórios. Esses cuidados são uma forma de prevenir diversas doenças, incluindo a doença renal”, finalizou Vivianne Pinheiro.