Automedicação: saiba os perigos para a saúde renal, principalmente, em idosos

Automedicação: saiba os perigos para a saúde renal, principalmente, em idosos

Automedicação: saiba os perigos para a saúde renal, principalmente, em idosos

A saúde do corpo, de uma forma geral, com o passar dos anos começa a se tornar mais vulnerável. Por esse motivo, os idosos estão mais propensos a sofrerem com doenças, sobretudo, as renais. Vale ressaltar que alguns fatores são mais danosos para esses pacientes, como a automedicação, que, na maioria das vezes, pode levar a complicações graves.

De acordo com a médica Ângela Santos, nefrologista da Uninefron, o funcionamento dos rins vai diminuindo sua capacidade com o passar do tempo. A função renal dos idosos precisa de uma maior atenção, devido ao desgaste dos órgãos, que sofrem envelhecimento com o passar dos anos, tornando seus filtros menos eficientes e mais suscetível a danos causados por substâncias nefrotóxicas. E é aí que está o perigo. “A maioria dos medicamentos é filtrada pelos rins. No corpo do idoso, esses órgãos podem estar trabalhando de uma forma mais lenta, embora adaptado a cada idade.

“Por isso, é preciso ser extremamente cauteloso, pois os rins podem não suportar o excesso de medicações, e sofrer uma sobrecarga na sua função. Muitos medicamentos usados comumente pela população para tratar dores de cabeça ou dores no corpo, principalmente analgésicos e anti-inflamatórios não esteroides, possuem substâncias nefrotóxicas que podem levar à redução progressiva da função renal, chamada de insuficiência renal crônica. Nos idosos, essa ação é intensificada pelo atual estado renal”, diz a nefrologista.

Segundo ela, as pessoas acabam tomando remédios por conta própria ou por indicação de um parente ou vizinho que supostamente tratou um problema com aquela medicação. Isso é extremamente perigoso, pois medicações aparentemente inofensivas podem causar um transtorno imenso. As pessoas costumam tomar esses remédios sem orientação para tratar uma possível dor nas costas, nos joelhos, entre outras. Aos poucos, porém, os rins desses pacientes começarão a sofrer as consequências, como diminuição da produção de urina, retenção de líquido, inchaço nos membros inferiores, fadiga, confusão mental, náusea e vômitos.

Os cuidados devem se estender, inclusive, a consultas de rotina ou em emergências. A nefrologista Ângela Santos recomenda que os pacientes idosos perguntem aos seus médicos sobre a possível atuação de medicamentos receitados nos rins e peçam uma opção que não atinja o funcionamento renal. “Esse pedido deve ser feito principalmente se o paciente já tem um histórico de doença renal”, recomenda a nefrologista.

A médica ressalta ainda que a automedicação deve ser evitada em qualquer estágio da vida. “A automedicação é sempre deletéria, sobretudo para os idosos. Mas pessoas de qualquer idade podem sofrer por ingerir remédios sem orientação médica. É preciso entender que os medicamentos, quando no corpo, possuem efeitos diversos em cada organismo. Tomar remédio por conta própria é um perigo e deve ser evitado ao máximo. Medicação eficiente e segura é a que foi prescrita pelo médico”, afirma Angela Santos.

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