
Uso de máscara não deve impedir a ingestão de água
O uso de máscaras em locais públicos se tornou comum para evitar a propagação do coronavírus. No entanto, nefrologistas explicam que o acessório não deve ser uma barreira para a ingestão de água, especialmente com a chegada das estações mais quentes do ano. Segundo a médica Vivianne Pinheiro, nefrologista da Uninefron, casos de pedras nos rins tendem a aumentar nesse período do ano, principalmente pela falta de hidratação.
O uso de máscara faz com que as pessoas respirem mais pela boca, o que pode ocasionar uma perda maior de líquido. Além disso, as pessoas tendem a beber menos água para evitar manusear a máscara, até por questão de segurança para não contaminar o acessório.
De acordo com Vivianne Pinheiro, esses novos costumes, associados às altas temperaturas, podem ser perigosos para os rins. “O calor excessivo e a baixa umidade do ar também provocam perda de água do organismo, por isso é preciso manter um nível de ingesta de líquidos adequado, evitando a desidratação”, explica a médica.
Entre os principais prejuízos à saúde renal causados pela falta de líquido, está o desenvolvimento de pedras renais. “Diante da ingesta de pouca água, os cristais tendem a se acumular com mais facilidade no trato urinário, resultando no cálculo renal, que pode gerar dor intensa, sangue na urina e infecção urinária”, relata Vivianne.
“Mesmo com as nossas preocupações voltadas majoritariamente para a pandemia neste momento, não devemos esquecer que as outras doenças continuam existindo. É preciso usar, sim, a máscara, que é um equipamento essencial, juntamente com o distanciamento social e a lavagem correta das mãos, mas também devemos cuidar da saúde de forma geral, mantendo a hidratação do corpo e uma alimentação saudável”, finaliza a nefrologista.