
Pielonefrite aguda: saiba os perigos da doença renal que levou a cantora Ludmilla ao hospital
Na última semana, a cantora Ludmilla foi internada no Rio de Janeiro com o diagnóstico de pielonefrite aguda, uma inflamação nos rins causada por bactérias que pode causar fortes dores abdominais, febre, calafrios, náuseas e ardor ou presença de sangue ao urinar. Para tirar as dúvidas sobre a doença, o nefrologista da Uninefron Flávio Galindo explica como a patologia se forma no sistema renal.
“Grande parte dos casos é causada pela bactéria E. coli (Escherichia coli), que habita normalmente os intestinos e pode penetrar no trato urinário e se instalar nos rins, causando a inflamação. Outras bactérias também podem causar a doença”, aponta o especialista.
Segundo Galindo, as mulheres podem ser mais suscetíveis a desenvolver a pielonefrite aguda. “A anatomia feminina favorece possíveis infecções, pelo fato de a uretra ser naturalmente menor. No entanto, outros fatores também podem ocasionar a doença, como infecções urinárias, obstrução do trato urinário com pedras nos rins, por exemplo, possuir um sistema imunológico debilitado ou apresentar refluxo vesicuretral, que acontece quando a urina retorna para os rins pelo trato urinário”, esclarece.
Além da pielonefrite aguda, que aconteceu com Ludmilla, a doença também pode apresentar uma fase crônica, que apresenta sintomas semelhantes, mas que pode evoluir para uma doença renal crônica, comprometendo o funcionamento dos rins. Em casos mais graves, a infecção pode se espalhar pelo corpo e causar falência de múltiplos órgãos. A maioria dos casos da doença, no entanto, é reversível.
“O tratamento da pielonefrite é feito com antibióticos que vão impedir que o agente infeccioso provoque lesões permanentes nos rins ou se espalhe pelo organismo. Mas é preciso que o diagnóstico seja feito com rapidez e identificado ainda nos primeiros estágios da inflamação”, recomenda Flávio Galindo.
Para se prevenir da doença, procure beber bastante água, urinar sempre que o corpo der sinais de vontade e evitar “prender” a bexiga. Também é recomendado sempre urinar após relações sexuais, manter a higiene íntima e evitar automedicações.