
Os perigos da depressão em pacientes renais
Sabe-se que a doença renal é uma enfermidade crônica, sendo assim considerada um fator de risco para o surgimento da depressão, principalmente em pacientes idosos. Segundo o nefrologista da Uninefron Rafael Pacífico, a rotina de tratamento pode ter repercussão na qualidade de vida do paciente. “Muitas vezes, o diagnóstico da depressão é feito de forma tardia, por isso é preciso que a família esteja atenta”.
De acordo com o Ministério da Saúde, 15,5% da população brasileira é acometida pela depressão ao longo da vida, se apresentando com sintomas como sensação de tristeza, incapacidade de se sentir feliz, cansaço excessivo, falta de concentração, insônia, falta ou aumento anormal de apetite e redução pelo interesse sexual.
De acordo com Rafael Pacífico, pacientes em hemodiálise também podem se apresentar desgastados pela rotina do tratamento, com potencial para desenvolver a depressão. Ele explica que, embora haja uma campanha para a desmistificação do procedimento, ainda existem dúvidas que podem provocar preconceito nas pessoas. “Esse apontamento, muitas vezes, pode acarretar uma limitação social daquele paciente, afetando diretamente a sua saúde mental”, garante.
Pacientes em tratamento renal devem ser estimulados para que possam diminuir os impactos negativos no corpo e na mente. Segundo o especialista, é importante incentivá-los à prática de exercícios físicos, à participação em sessões de terapia ocupacional ou a oportunidades para ele conversar sobre seus problemas com psicólogos, muitas vezes disponíveis na própria clínica de tratamento renal, como na Uninefron.
Ainda segundo o médico, o tratamento da depressão é feito com medicamentos e com atendimento psicoterápico. “É importante ter um diagnóstico precoce, manter uma terapia adequada e oferecer todo o suporte para que esse paciente retome a alegria de viver”, finaliza Rafael Pacífico.