Os cuidados que pacientes com doença renal crônica devem ter para evitar a infecção pelo coronavírus
Pacientes com doenças renais crônicas estão inseridos no grupo de risco de contaminação do coronavírus. Segundo o nefrologista da Uninefron Rafael Pacífico, esses indivíduos apresentam maior chance de desenvolver infecções mais graves se acometidos pela Covid-19 e devem seguir à risca as medidas de higiene e de distanciamento social indicadas pelas organizações de saúde.
“Dentro desse grupo, são considerados de risco tanto os pacientes que ainda não precisam de diálise quanto os que se encontram em tratamento dialítico e os transplantados renais. Isso não significa que essas pessoas serão inevitavelmente contaminadas pelo coronavírus, mas elas devem se prevenir ao máximo”, explica Pacífico.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), algumas medidas simples podem ajudar na prevenção: os pacientes que não estiverem em diálise podem solicitar prescrição de um número extra de medicações, para evitar muitos deslocamentos para a farmácia; devem ficar atentos a sintomas como febre, tosse e “respiração curta”; e devem procurar o serviço de saúde com rapidez caso apresentem sinais de emergência, como dores, dificuldade para respirar, dor ou pressão no tórax.
Além disso, as recomendações para pessoas saudáveis também devem ser seguidas por esse grupo. “Todos devem evitar contato com pessoas doentes, assim como cumprimentar conhecidos com aperto de mão e beijos, devem lavar as mãos com água e sabão frequentemente e higienizá-las com álcool 70%, além de não tocar em superfícies como maçanetas e botões de elevador, por exemplo”, recomenda Rafael Pacífico.
Ainda segundo o nefrologista, os pacientes dialíticos devem redobrar as precauções. “É recomendado que as sessões de diálise continuem normalmente, desde que sejam tomadas todas as prevenções de higiene neste cenário, desde o deslocamento para a clínica, a realização do tratamento até na volta para casa. Esses pacientes devem ser recebidos em local isolado dos demais, e o uso de máscaras é imprescindível”, ressalta.