Insuficiência renal: entenda a doença que vitimou o produtor musical Arnaldo Saccomani
O produtor musical e compositor Arnaldo Saccomani, 71, morreu vítima de insuficiência renal no último dia 27 de agosto. O artista, que também foi jurado de programas de TV e trabalhou com grandes nomes da música brasileira, como Rita Lee e Tim Maia, também sofria de diabetes, que é uma doença que pode levar à doença renal. Existem mais de 133 mil pacientes em diálise no Brasil e aproximadamente 50 % desses se encontram na região Sudeste do país.
A nefrologista da Uninefron Vivianne Pinheiro explica o que é a insuficiência renal e quais órgãos ficam comprometidos quando os rins não estão saudáveis.
Arnaldo Saccomani ficou famoso ao ser jurado de programas de calouro na TV – Foto: Reprodução/SBT
“A insuficiência renal ocorre quando os rins perdem a capacidade de realizar suas funções básicas, que são filtrar o sangue, eliminar substâncias nocivas em excesso no organismo e manter o equilíbrio de eletrólitos no corpo. Sendo assim, é necessário o acompanhamento de um nefrologista para que, de acordo com cada paciente, sejam adotados orientações que minimizem esses desequilíbrios”, afirma a nefrologista.
A médica relata que há dois tipos de insuficiência renal: a aguda, que surge subitamente; e a crônica, quando os rins vão perdendo lenta e progressivamente suas funções. “Geralmente, a doença não apresenta sintomas até que a insuficiência renal já esteja avançada, muitas vezes, já com quadro irreversível”, alerta Vivianne Pinheiro.
A insuficiência renal pode ser desenvolvida por diversos fatores de maior risco, por exemplo, a presença de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, ou de problemas cardíacos, obesidade, tabagismo, histórico de doenças renais crônicas na família. Entre os principais sintomas estão sonolência, fadiga, palidez, falta de ar, náuseas, vômitos, inchaços e pode apresentar diminuição da urina.
Segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia, a pessoa em tratamento da insuficiência renal deve apostar em mudanças na dieta, com alimentação balanceada mantendo uma ingestão de menor quantidade de proteínas e sal, além de evitar a automedicação. “O tratamento é individualizado de acordo com a causa da insuficiência identificada em cada paciente. O seguimento da doença renal crônica tem que estar associado a medidas para reduzir hipertensão, diabetes, obesidade e doença cardíaca. Devemos fazer a pesquisa para detecção precoce da doença renal para que, junto ao nefrologista, sejam adotadas medidas para retardar a sua progressão. Em muitos casos, o paciente consegue levar a vida dentro da normalidade”, explica Vivianne.