Novembro Azul: aumento da próstata pode causar problemas nos rins

Novembro Azul: aumento da próstata pode causar problemas nos rins

Novembro Azul: aumento da próstata pode causar problemas nos rins

A campanha Novembro Azul, que ocorre mundialmente neste mês, alerta para os riscos do câncer de próstata, doença que causou a morte de 15 mil pessoas em 2017 no Brasil, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA). Por outro lado, existem algumas complicações prostáticas benignas, que não matam, mas que podem provocar sérias complicações renais, chegando até mesmo à falência do órgão, com necessidade de terapia renal substitutiva (hemodiálise por exemplo) .
Segundo o nefrologista da Uninefron Flávio Galindo, a Hiperplasia Prostática Benigna (HPB) é uma delas. “A doença causa o aumento  da glândula e atinge especialmente os homens na terceira idade. Nessa faixa etária, o crescimento da próstata acelera, chegando a triplicar de tamanho”, alerta o médico.
Ainda de acordo com o especialista, o aumento benigno da próstata pode obstruir o fluxo de urina e afetar os rins. “Nos estágios avançados da doença, é comum o surgimento de infecções urinárias, com a possibilidade de retenção aguda. Em casos não tratados, essa retenção pode ocasionar a hidronefrose, que é uma dilatação dos ureteres (dutos que conduzem a urina dos rins para a bexiga), comprometendo o funcionamento renal ”, explica Galindo.
Outros problemas causados pela HPB também podem afetar os rins indiretamente. Quando a uretra é pressionada pela próstata, o fluxo de urina é comprometido, trazendo uma sensação de não conseguir esvaziar a bexiga ao urinar e a sensação de urgência para ir ao banheiro. “Isso pode fazer com que o indivíduo deixe de tomar uma quantidade adequada de água para tentar aliviar esses sintomas, decisão que pode elevar as chances de infecções urinárias , aumento no risco de formação de cálculos renais  e desidratação”, esclarece o nefrologista.
Sintomas – Entre os sintomas relacionados a esse problema, estão a demora em iniciar o jato de urina, a diminuição do calibre e da força do jato, o gotejamento no fim da micção e a necessidade de voltar a urinar com frequência. “A identificação dos problemas renais e prostáticos é feita através de uma avaliação clínica/exame físico criteriosos, associados a exames de sangue, como dosagem do PSA, Ureia e Creatinina e exames de imagem, como o USG”, orienta Flávio Galindo.

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