Cuidado com o excesso de água durante uma crise de pedra nos rins
A ingestão de água é uma das principais recomendações médicas para prevenir o surgimento de pedras nos rins e crises de cólica renal. No entanto, essa indicação é uma ação apenas preventiva e só é válida quando o paciente apresenta condição saudável.
De acordo com Mário Henriques, nefrologista da Uninefron, durante uma crise de cálculo renal, o indicado é ter mais cautela com o volume de líquido , pois durante a crise a presença de náuseas e vômitos é frequente e a ingestão excessiva de pode aumentar esses sintomas.
“Antigamente, era comum indicar a ingestão de água durante uma crise, pois imaginava-se que o rim forçaria o líquido a empurrar o cálculo para baixo. No entanto, a cólica renal acontece porque o rim continua filtrando a urina e não tem como eliminá-la, pois o ureter está obstruído. Desta forma, causando a dilatação do rim (hidronefrose) provocando as dores”, explica o nefrologista.
O surgimento dos cálculos renais depende de vários fatores, como má alimentação, mau funcionamento do sistema urinário e pré-disposição genética. As dores provocadas pelas pedras são conhecidas por serem muito fortes, começando nas costas e irradiando para o abdômen. Algumas vezes, as crises também podem ser acompanhadas por náuseas e vômitos.
“É importante dizer que quem bebe pouca água tem, sim, maior chance de formar pedras nos rins, pois sua urina estará mais concentrada e será mais propícia à formação dos cristais. Mas, essa ingesta deve ser feita antes, para prevenir o aparecimento da doença, e não quando o problema já está instalado”, conclui Mário Henriques.