Idoso deve ter mais cuidado com a hidratação

Idoso deve ter mais cuidado com a hidratação

Recife, 02 de outubro de 2018

Na terceira idade, a desidratação pode causar uma série de complicações nos idosos, como confusão mental abrupta, queda de pressão arterial e aceleração dos batimentos cardíacos

Ao nascermos, nosso corpo é composto por cerca de 90% de água. Na juventude, esse percentual cai para 70%; à medida que vamos crescendo, esse volume tende a diminuir, até que, na terceira idade, a reserva hídrica atinge cerca de 50%.

“Em decorrência dessa realidade, é essencial que, nessa faixa etária, haja uma boa hidratação para que o funcionamento dos rins não seja prejudicado. Dessa forma, é muito importante, que se atente para a necessidade de observar cuidadosamente pelos que convivem ou cuidam dos idosos, pois eles têm uma diminuição no reflexo da sede. Com isso, vão perdendo a vontade de beber água, aumentando o risco de desidratação e seus danos físicos. O ideal é tomar pequenos volumes em intervalos de 2 em 2 horas, podendo oferecer sucos naturais e frutas, como melão, melancia, abacaxi e laranja. A sede é o primeiro sinal importante que o nosso organismo apresenta para lembrar que precisamos de hidratação. No entanto, na terceira idade, esse mecanismo regulador vai se tornando cada vez menos eficiente. Por isso, os idosos têm dificuldade para perceber quando estão precisando de ingesta de água, causando uma maior desidratação, o que prejudica a função renal”, alerta a nefrologista sócia da Uninefron, Ângela Santos.

Segundo a nefrologista, diferentemente dos jovens, para que os idosos apresentem um quadro de desidratação grave, não são necessários fatores agravantes como diarreias, vômitos ou exposição intensa ao sol. Se o dia atingir temperaturas altas ou a umidade do ar estiver muito baixa, há uma perda de líquido pela respiração e suor; se não houver a reposição adequada, pode desencadear um quadro de desidratação. “É fundamental a ingesta de líquidos nesses períodos, mesmo que não se tenha sede. Assim se evita uma série de complicações que podem surgir, como confusão mental abrupta, queda de pressão arterial, aceleração dos batimentos cardíacos, em casos mais graves até óbito”, ressalta a nefrologista Ângela Santos.

 

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