Consumo indiscriminado de suplementos proteico (Whey Protein) pode afetar a saúde renal

Consumo indiscriminado de suplementos proteico (Whey Protein) pode afetar a saúde renal

Ganhar massa muscular e alcançar o tão sonhado “corpo perfeito” são alguns dos principais motivos que levam ao uso indiscriminado dos suplementos à base de proteína, a exemplo do Whey Protein. Estima-se que, no Brasil, cerca de 2% da população faz uso desses suplementos alimentares, sendo os produtos ricos em proteína os mais utilizados, de acordo com a Associação Brasileira de Empresas de Produtos Nutricionais (Abenutri).

O nefrologista Mário Henriques, sócio da Uninefron, faz um importante alerta sobre os riscos do uso desse tipo de suplemento sem um acompanhamento profissional especializado, que pode provocar complicações à saúde, principalmente, à dos rins.

Segundo o nefrologista mesmo contribuindo para o crescimento dos músculos, quando consumido em excesso, o Whey Protein favorece a “hiperfiltração”, forçando os rins a trabalharem mais do que a capacidade natural, porque precisam metabolizar todo o aporte proteico. “Embora os estudos não tenham mostrado danos aos rins da pessoa saudável, existe um percentual da população que desconhece ser portador de doença renal. Nesses casos, há a possibilidade do agravamento da insuficiência renal e, ocasionalmente, esse paciente pode necessitar de hemodiálise, terapia que irá substituir a função renal através de uma máquina que realiza a ‘filtragem do sangue’, retirando as impurezas do metabolismo corporal. Acredita-se que uma pessoa saudável não deveria exceder a ingestão total de 2,8 gramas de proteína/kg/dia”, explica o nefrologista.

Há também outro risco: a formação de pedras nos rins. “Para quem já teve ou tem cálculos renais, o uso desse suplemento pode agravar a saúde renal. Por isso, só deve ser utilizado com a devida orientação médica. É muito importante que, antes de consumir qualquer uma dessas substâncias, a pessoa procure um profissional especializado, nutricionista ou médico, para avaliar se é necessário o uso. Caso seja preciso, o profissional fará uma prescrição segura de qual produto é mais adequado para o perfil do paciente”, conclui o nefrologista Mário Henriques.

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