Acidose tubular renal na infância pode causar raquitismo e deformações nos ossos

Acidose tubular renal na infância pode causar raquitismo e deformações nos ossos

Crianças que desenvolvem a Acidose Tubular Renal (ATR) poderão ter atraso no crescimento. De acordo com Vivianne Pinheiro, nefrologista da Uninefron, várias desordens hereditárias e adquiridas estão associadas ao desenvolvimento dessa doença. Entre as causas, estão o uso de determinadas medicações, as doenças autoimunes, como o Lúpus eritematoso sistêmico, a obstrução do trato urinário, a intoxicação por vitamina D, entre outros fatores.

Na ATR, o rim perde bicarbonato filtrado ou tem reduzida sua capacidade de reter ácido, o que acarreta a diminuição da concentração sanguínea de bicarbonato e, como consequência, a acidose. “Em decorrência desse mau funcionamento renal, o paciente pode evoluir com uma série de problemas: níveis baixos ou altos de potássio no sangue, depósitos de cálcio nos rins (nefrocalcinose), cálculos renais, anormalidades esqueléticas, como enfraquecimento dos ossos (osteomalácia ou raquitismo), que são os mais comuns. Geralmente, suspeitamos que uma criança sofra de acidose tubular renal quando deixa de crescer. Mas, para um diagnóstico preciso, o nefrologista faz uma avaliação através de exames de sangue e de urina, juntamente com ultrassom renal e raios-X das mãos para medida da idade óssea, a fim de comprovar se existe atraso no desenvolvimento ou descalcificação. Apenas após essa investigação, pode se fechar um diagnóstico”, afirmou a nefrologista da Uninefron, Vivianne Pinheiro.

Segundo Vivianne Pinheiro, as crianças diagnosticadas com acidose tubular renal (ATR) devem ser acompanhadas pelo nefrologista, que é o profissional apto para determinar qual o tratamento é mais eficaz para cada caso. “A correção da acidose restaura o crescimento normal nas crianças e reduz o risco de cálculo renal, nefrocalcinose e osteoporose, possibilitando assim que os pequenos pacientes sigam uma vida normal,” enfatiza.

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